5 formas simples de cuidar da saúde mental

Além de ter tirado mais de 1 milhão de vidas, a pandemia também abalou o emocional de muita gente. O isolamento social, as incertezas quanto ao futuro, o desemprego e o medo da doença passaram a fazer parte das nossas rotinas, pedindo cuidado extra com as emoções. Por isso, reunimos 5 formas de cuidar da saúde mental, a partir de ações ou atividades simples, mas que funcionam para amenizar os efeitos emocionais da Covid-19.

1 – Descanse

A primeira dica vale ouro: cuide do seu sono. São muitos os relatos de gente que não tem conseguido dormir desde a chegada do coronavírus. Afinal, a pandemia tem mexido com a rotina  e despertado ansiedade em muitos de nós. E mudanças na rotina misturadas com ansiedade não fazem nada bem para o sono nosso de cada dia. 

Portanto, para fugir da insônia, a recomendação é retomar o controle da rotina, mesmo se você estiver de home office, mantendo horários para dormir, acordar, trabalhar, comer e praticar atividade física. Pode não parecer, mas tudo isso interfere diretamente na qualidade do nosso sono.

O sono é ligado à capacidade regenerativa, de memória e cognitiva do ser humano. No entanto, as consequências da falta de sono vão muito além desses aspectos. A falta de sono é um dos fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes, transtornos mentais, esclerose e demência.

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Distúrbios hormonais, diminuição da capacidade de aprendizado a longo prazo e aumento das possibilidades de infarto, AVC e desenvolvimento de aterosclerose também estão ligados ao cansaço.

Falamos sobre isso aqui. 

O cansaço e a indisposição andam juntinhos, e basta uma noite mal dormida para perceber o quanto eles estão interligados. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a quantidade de horas para um pleno descanso varia com a idade.

Veja na tabela abaixo. 

• De 0 a 2 anos: 11 -14 horas
• Entre 3 e 5 anos: 10-13 horas 
• De 6 a 13 anos: 9-11 horas
• Entre 14 e 17 anos: 8-10 horas
• De18 a 25 anos: 8-9 horas
• Entre 26 e 64 anos: 8-9 horas
• 65 anos ou mais: 7-8 horas

Apesar da tentação, nada de avançar noite assistindo a séries na TV, por exemplo. Evite também levar trabalho, comida, celular e computador para a cama. Da mesma forma, acordou, levante, arrume a cama, tire o pijama. E não se esqueça: o ideal é ficar longe dos aparelhos eletrônicos pelo menos uma hora antes de dormir.

2 – Tenha uma rotina organizada

Uma rotina organizada torna o dia a dia mais produtivo e mais leve. Durante o isolamento, muitos de nós ficamos perdidos com relação à rotina. Em outras palavras, com o distanciamento social por causa da pandemia do coronavírus, muita coisa mudou, reforçando a importância dos rituais e esquemas cotidianos.

Às vezes, pequenos ajustes são suficientes para incluir organização no nosso cotidiano. Ao acordar, arrume a cama antes mesmo de sair do quarto. Especialistas em organização garantem que esse hábito simples ajuda a ter o resto do dia mais produtivo. Para começo de conversa, você vai pensar duas vezes antes de voltar a dormir!

A segunda dica de ouro é: não pule o café da manhã. Se você acorda muito cedo, pode inclusive deixar a mesa já posta na noite anterior com os itens que não vão na geladeira.

Vale também definir lugares fixos para cada objeto da casa. Assim fica fácil para qualquer membro da família encontrar e depois recolocar esses itens nos devidos lugares. Em outras palavras: nada de quartinho da bagunça, caixa porta-trecos para guardar tudo o que você não sabe onde guardar. Esqueça qualquer estratégia parecida. Ou, no caso, falta de estratégia!

Conforme você cozinha, lave as panelas. Assim, você termina de fazer a comida com a louça limpa, restando apenas os pratos que serão utilizados. Antes de dormir, se possível lave a louça restante, ou pelo menos deixe-a empilhada dentro da pia ou da máquina de lavar louças.

Acostume-se também a guardar os objetos, roupas e sapatos logo após o uso, para que a bagunça não se acumule. 

Por último, mas não por isso menos importante, tenha uma lista organizada de tarefas, tomando nota de tudo o que você precisa fazer naquele dia. Isso vai ajudar, e muito, a construir ou reconstruir uma rotina organizada. 

3 – Medite e faça atividade física

De acordo com uma pesquisa da OMS, uma a cada quatro pessoas será afetada pelo transtorno de ansiedade em alguma fase da vida. Com a pandemia, a realidade ficou ainda pior. Segundo outro estudo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 54% das pessoas notaram estar mais ansiosas e nervosas desde que o novo coronavírus chegou ao Brasil. 

Afinal, questões como o isolamento social, a instabilidade financeira, a falta de previsões e o medo da Covid-19 rondam o nosso dia a dia, acarretando sintomas depressivos, crises de ansiedade, síndrome do pânico e dificuldades para dormir, entre outros problemas.

Uma das consequências do momento atípico que estamos vivendo é que nunca antes na história a palavra “meditação” foi tão buscada nas redes sociais e aplicativos de meditação guiada sem sair de casa, tão baixados nos celulares.

Isso se explica, principalmente, porque a meditação tem sido uma alternativa para ajudar as pessoas em isolamento a relaxar e a encontrar o equilíbrio perdido na pandemia.

O exercício físico também é um amigo e tanto na cruzada contra problemas como ansiedade e depressão, um aliado de peso na hora de cuidar da saúde mental. As atividades físicas regulares ajudam a prevenir uma série de doenças. Elas têm impacto bastante positivo em problemas como depressão, ansiedade, insônia, mau humor, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e estresse, entre outros.

Aqui falamos sobre como praticar exercícios físicos em casa. 

4 – Faça check-ups periódicos

Recentemente mostramos aqui no blog que fazer um check-up completo todos os anos é essencial. Existem doenças, como as de origem cardiovascular e alguns tipos de câncer, que possuem desenvolvimento lento, gradual e silencioso e que, se identificadas no começo, têm maiores chances de cura. 

Por isso, a bateria de exames e a avaliação médica que determina qual é a situação geral da saúde do paciente é tão importante. Elas ajudam a prevenir e identificar doenças silenciosas, fazem o diagnóstico de doenças crônicas e apontam quais são os melhores tratamentos para evitar que essas doenças avancem. 

Assim, não se esqueça de fazer, por exemplo, os exames de sangue que ajudam a identificar doenças como anemia, leucemia e dengue, colesterol alto, diabetes, HIV e problemas no pâncreas, entre muitos outros.

Também vale anotar na agenda a realização de um eletrocardiograma, para verificar como anda o coração e visitar regularmente o cardiologista, para não ter sustos, apesar do momento difícil trazido pela pandemia. 

Todos esses exames devem ser realizados após uma avaliação e especificação médica. Ao consultar-se com um clínico geral ou médico da família, você pode solicitar os exames de forma preventiva. 

5 – Peça ajuda

Cerca de 800 mil pessoas tiram suas próprias vidas a cada ano. O suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. Por outro lado, no Brasil as taxas de suicídio subiram 7% nos últimos anos. Os dados da OMS mostram o quanto é importante ficar atento aos sinais emitidos pela nossa saúde mental. E, mais do que nunca, nestes tempos de pandemia, é importante lembrar que ninguém precisa lidar sozinho com nada.

Assim, conversar com um amigo ou parente de confiança é uma boa estratégia para dividir as dores, os medos e multiplicar sua confiança. Você não precisa saber exatamente como a outra pessoa pode te ajudar. Apenas dizer que você não está se sentindo muito bem e que precisa de ajuda já pode ser um sinal de que está precisando de apoio.

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Às vezes, o melhor mesmo é buscar ajuda profissional. Afinal, psicólogos e psiquiatras são profissionais capacitados a darem um diagnóstico preciso em casos de problemas de saúde mental. O Cartão MedSempre conta com psicólogos, psiquiatras e outros médicos à sua disposição sempre que precisar.

Se você ainda não tem seu cartão, entre em contato com a gente. 

Hoje é um excelente dia para começar a cuidar de você!