Alzheimer e Parkinson: você também tem dúvidas?
Embora sejam doenças completamente diferentes, as doenças de Alzheimer e Parkinson ainda confundem bastante gente
Uma compromete a memória, a outra atrapalha os movimentos do corpo. Uma afeta principalmente quem tem mais de 60 anos, a outra costuma vir um pouco mais tarde, a partir dos 70. Depressão, agitação e irritabilidade podem aparecer nos dois casos. Alzheimer e Parkinson são doenças completamente diferentes, mas muita gente confunde as duas. Hoje vamos mostrar as diferenças, sintomas e tratamentos para cada uma.
Alzheimer
O que é
Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social. A enfermidade não tem cura. Mas o tratamento e acompanhamento garantem melhor qualidade de vida para o paciente.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 35,6 milhões de pessoas no mundo têm Alzheimer. O número tende a dobrar até o ano de 2030 e a triplicar até 2050. No Brasil, a estimativa é de que existam cerca de 1,2 milhões de casos.
Causas
A verdadeira causa do Alzheimer ainda é desconhecida. No entanto, os médicos acreditam que o fator genético seja determinante. A doença é a forma mais comum de demência, uma classe de doenças neurodegenerativas, sendo responsável por mais da metade dos casos de demências em idosos.
Sintomas
Os sintomas iniciais mais comuns são a perda de memória recente e a dificuldade em interpretar estímulos visuais. Com o passar do tempo, é possível também identificar falta de memória para acontecimentos antigos, repetição da mesma pergunta várias vezes, dificuldade para acompanhar conversas e incapacidade de resolver problemas.
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Da mesma forma, dificuldade de comunicação, irritabilidade, agressividade e tendência ao isolamento são vistos em quem tem Alzheimer.
Diagnóstico
O diagnóstico é baseado em uma avaliação clínica, inclusive com testes cognitivos, exames laboratoriais e avaliação de imagem do sistema nervoso central. O médico também avalia o relato do paciente e seus familiares sobre manifestações clínicas.
Estágios
O quadro evolui ao longo dos anos de maneira progressiva. Ela costuma ser classificada em quatro estágios ou fases, com características específicas.
- Estágio 1 – Alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.
- Estágio 2 – Dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Há também muita agitação e insônia.
- Estágio 3 – Resistência à execução de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer e deficiência motora progressiva.
- Estágio 4 – Mutismo, dor para engolir e infecções intercorrentes.
Tratamento
Alzheimer não tem cura, mas o tratamento adequado proporciona uma melhor qualidade de vida para o paciente, amenizando os efeitos da doença.
Recentemente, a Food and Drug Administration (FDA), agência dos Estados Unidos equivalente à Anvisa no Brasil, aprovou o uso de um remédio experimental para as fases iniciais da doença. O aducanumab foi desenvolvido para pacientes com deficiência cognitiva leve. Seu objetivo é atrasar a progressão da doença, não apenas aliviar os sintomas.
A novidade está dividindo opiniões no meio médico, mas traz esperança aos pacientes e suas famílias, pois a FDA não aprovava uma nova droga contra o Alzheimer desde 2003.
Prevenção
Ainda não existe um método preventivo 100% eficaz. No entanto, os profissionais da saúde acreditam que manter o cérebro ativo com atividades como a leitura, exercícios de inteligência, atividades sociais e de grupo ajuda bastante. Além disso, é fundamental manter um acompanhamento regular da sua saúde, com exames e consultas periódicas.
Parkinson
O que é
Parkinson é uma doença neurológica degenerativa e progressiva, que afeta o sistema nervoso central principalmente de pessoas com mais de 65 anos. O distúrbio atinge as células presentes na chamada região negra do cérebro, responsável pela produção da dopamina, um neurotransmissor com papel fundamental na função motora.
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De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, aproximadamente 1% da população mundial maior de 65 anos tem problema. Somente no Brasil, estima-se que cerca de 200 mil pessoas sofram com a doença.
Causas
As causas exatas da doença de Parkinson ainda são desconhecidas pela medicina. O que se sabe é que sua origem tem relação com o envelhecimento dos neurônios ligados ao movimento.
Sintomas
Exatamente por causa do envelhecimento dos neurônios ligados ao movimento que citamos ali em cima, é tão comum que a doença traga falta de equilíbrio e de coordenação motora, dificuldade na fala, constipação e rigidez muscular.
Os primeiros sintomas são leves e podem até passar despercebidos. Entre eles estão a lentidão dos movimentos e o tremor nas mãos. Outro sinal é a redução no tamanho das letras ao escrever. A rigidez muscular pode ocorrer em qualquer parte do corpo. Ela restringe os movimentos, causa dor e prejudica tanto a postura quanto o equilíbrio.
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A perda de movimentos que eram feitos de forma automática também é um sinal da doença de Parkinson. Atos como piscar, ter expressões faciais e movimentar os braços enquanto caminha, por exemplo, se tornam menos comuns.
Diagnóstico
O diagnóstico da doença de Parkinson é feito com base no histórico do paciente, avaliação de sintomas e exames neurológicos e físicos. O médico geralmente solicita exames como eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética, análise do líquido espinhal, entre outros, para descartar outras condições e confirmar o quadro.
Estágios
- Estágio 1 – Os sintomas ainda não interferem nas atividades do cotidiano. Os tremores e as dificuldades motoras atingem apenas um lado do corpo, por isso passam despercebidos para os outros. Pessoas mais próximas, porém, já percebem algo diferente na postura, no caminhar e nas expressões faciais.
- Estágio 2 – Tremores, rigidez muscular e dificuldades motoras atingem os dois lados do corpo. O paciente passa a andar mais devagar, com passos curtos. A fala já não é tão clara e o tom de voz diminui. Ainda é possível ser independente e ter autonomia, mas as tarefas demandam mais tempo.
- Estágio 3 – Os sintomas ficam mais evidentes e a doença, mais comprometedora. Os movimentos são cada vez mais lentos. Falta equilíbrio para ficar de pé e para andar. As quedas ocorrem com mais frequência. O paciente passa a precisar de ajuda para comer e se vestir.
- Estágio 4 – Os sintomas se agravam e se tornam incapacitantes. Muitos pacientes já precisam de ajuda para andar e realizar pequenas tarefas do cotidiano. Entre o estágio 3 e 4 a maioria perde a autonomia. A presença de um cuidador ou parente se torna essencial e morar sozinho não é mais possível.
- Estágio 5 – Este é o estágio mais avançado. A rigidez nas pernas impede o paciente de andar. Muitos passam a usar cadeiras de rodas ou ficam a maior parte do tempo na cama. Delírios e alucinações não são incomuns.
Tratamento
Parkinson ainda não tem cura. O tratamento busca controlar sua evolução e garantir mais qualidade de vida ao paciente. Os remédios utilizados tentam evitar a redução progressiva de dopamina, neurotransmissor responsável pela transmissão de sinais nervosos.
Em alguns casos, o médico recomenda também tratamento com psicoterapia ou cirurgia para estimulação cerebral profunda. Tudo depende da idade, perfil e estágio do paciente.
Prevenção
Mais uma vez, a dobradinha atividade física e alimentação equilibrada entra em ação! Desta vez para ajudar na prevenção do Parkinson. O exercício oxigena o cérebro, deixando-o mais ativo e facilitando a renovação dos neurônios. Enquanto isso, uma alimentação rica em antioxidantes abastece o organismo com substâncias importantes para o equilíbrio.
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Assim como os músculos, a mente também precisa ser estimulada. Estudar uma língua, ler frequentemente e desafiar o cérebro com tarefas que parecem difíceis como desenhar ou fazer um cálculo também são boas formas de prevenir doenças que chegam com a idade.
Busca por qualidade de vida
Tanto no caso dos pacientes com Alzheimer quanto para quem tem Parkinson, a busca por qualidade de vida nos anos finais da vida deve ser uma constante. A prevenção também é uma arma muito poderosa nos dois casos. Por isso, não deixe de consultar um médico conforme a idade for avançando. O mesmo vale para pais, avós ou sogros e sogras!
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