Autismo: uma questão de cuidado, amor e carinho
Entenda os cuidados necessários que precisamos ter com as pessoas que sofrem de Transtornos do Espectro do Autismo, para ajudá-las a viver melhor.
Cerca de 1 a cada 160 crianças nascidas no mundo, hoje, sofrem de transtorno do espectro autista (TEA). Esses dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS) e indicam a epidemiologia do transtorno, mostrando a relação entre portadores de algum grau do TEA e não portadores.
A princípio, cuidar de uma pessoa com autismo pode parecer intimidador. É um universo novo e muita gente não sabe como se preparar para encarar os desafios desse relacionamento. Por esse motivo, a MedSempre decidiu desmistificar essas relações e informar às pessoas que amor, cuidado e carinho são a base para qualquer convivência.
O que é o autismo?
O transtorno do espectro autista, ou TEA, na verdade, compreende uma gama de condições similares. Essas condições são caracterizadas por comprometer em diferentes níveis as capacidades sociais, de comunicação e de linguagem do indivíduo. É comum ao TEA o distinto interesse em atividades únicas que são repetidas com frequência.
Também é comum nas pessoas com transtorno do espectro autista alguns transtornos mentais e condições da saúde como a ansiedade, depressão, transtorno de déficit de atenção (TDAH) e epilepsia. A influência do TEA na capacidade cognitiva do indivíduo é variável e pode chegar a comprometê-la seriamente ou elevá-la a níveis acima do normal.
De forma geral, o TEA costuma se manifestar até os cinco anos de idade e tende a se prolongar pela vida da pessoa. Estudos conduzidos nos últimos 50 anos mostram que a prevalência do transtorno tem aumentado, mas acredita-se que esse aumento se deve à melhora da capacidade de diagnóstico, qualidade das informações e, principalmente, abertura para se falar sobre o tema.
O autismo afeta as pessoas de formas diferentes e, apesar de alguns adultos com TEA conseguirem viver de forma independente, outros precisam de acompanhamento e apoio constantes ao longo da vida.
As complicações sociais do TEA
Infelizmente, as complicações sociais vividas por alguém com TEA não partem apenas de suas limitações de comunicação ou interação social. Essas pessoas, segundo a OMS, estão mais suscetíveis aos abusos, violência e lesões por parte de outros.
Indivíduos de qualquer idade com algum TEA precisam de acesso facilitado à saúde, uma vez que adoecem como qualquer outro ser humano, mas podem ter seu estado agravado por sua condição.
Também é mais difícil para alguém com níveis mais debilitantes do transtorno obter êxitos acadêmicos e ingressar no mercado de trabalho.
Diante das dificuldades enfrentadas por aqueles possuem autismo, a OMS se posiciona:
“A OMS e seus parceiros reconhecem a necessidade de fortalecer as capacidades dos países para promover a saúde e o bem-estar de todas as pessoas com TEA. Os esforços concentram-se em:
- Contribuir para o reforço do compromisso dos governos e ampliação da discussão internacional sobre o autismo;
- Fornecer orientação sobre a criação de políticas e planos de ação que abordem o TEA dentro do quadro mais amplo de saúde mental e incapacidades;
- Contribuir para o desenvolvimento de evidências sobre estratégias eficazes e aplicáveis para a avaliação e tratamento de TEA e outros problemas de desenvolvimento.
Já existem clínicas e estabelecimentos com atendimento prioritário para autistas. Basta ficar de olho no laço colorido!
Vacina causa autismo?
Os principais fatores que favorecem o desenvolvimento de um TEA numa criança são genéticos e ambientais. Os estudos que sugerem uma relação entre as vacinas contra sarampo, caxumba e rubéola e o transtorno do espectro autista estavam marcados por diversos erros metodológicos e foram descartados da comunidade científica. Ou seja, não há comprovação de qualquer tipo de vacina infantil tenha relação com o aparecimento do TEA.
Como se relacionar com um autista
A melhora das relações e a capacitação de pais e cuidadores são as forma mais indicadas e mais efetivas de se tratar o autismo. O tratamento comportamental e os programas de treinamento de habilidades para os pais reduzem significativamente as dificuldades de comunicação e comportamento social da pessoa.
Essas ações para as pessoas com transtorno do espectro autista precisam ser acompanhadas por atitudes mais amplas, para tornar os ambientes físicos, sociais e atitudinais mais acessíveis, inclusivos e de apoio.
Em todo o mundo, as pessoas com transtorno do espectro autista são frequentemente sujeitas à estigmatização, discriminação e violações de seus direitos. Por isso, o valor da campanha de conscientização do autismo. Essa é uma condição que só pode ser tratada onde há empatia e compreensão.
Dia Internacional de Conscientização do Autismo
O dia 2 de Abril é marcado como o Dia Internacional de Conscientização do Autismo ou, simplesmente, Dia Mundial do Autismo. Esta data foi estabelecida pela ONU e serve para atentar a população mundial às necessidades das pessoas com o transtorno do espectro autista.
Nesta data, cartões postais do mundo todo, como Cristo Redentor e a Torre Eiffel, se iluminam de azul, para chamar a atenção da população e da mídia para esta causa.
A MedSempre, em concordância com essa causa, busca conscientizar as pessoas sobre a importância de se manter a empatia para com aqueles que possuem algum TEA. Compartilhe essa mensagem com parentes e amigos e seja você também um agente transformador da consciência e da saúde no mundo.