BPM acelerou? Saiba se o seu coração corre perigo

Quando o assunto é saúde do coração, saiba o que significa o BPM alto e quando o índice de batimentos cardíacos por minuto deve acender o sinal de alerta

Quem vê Big Brother Brasil já se acostumou a acompanhar ao vivo a frequência cardíaca dos jogadores que estão no paredão. No BBB 2021, o brother Gilberto viu o seu índice chegar a 210. O público, os colegas e o apresentador do programa, Tiago Leifert, ficaram assustados. O medo era que o rapaz de 29 anos tivesse um infarto. Mas, afinal, o que significa estar com o BPM alto e quando o índice deve acender o sinal de alerta?

BPM quer dizer batimento cardíaco por minuto. Em outras palavras, a frequência cardíaca indica quantas vezes o coração bate a cada minuto. Geralmente, o número varia de 60 a 100 batimentos, em adultos em repouso. 

Uma frequência de 100 bpm persistente, no entanto, pode ser considerada alta. Durante exercícios físicos de alta intensidade, os batimentos chegam a 180 bpm. Por outro lado, quando dormimos ou estamos em repouso, a frequência pode ficar abaixo dos 60 bpm, sem que isso represente riscos para a saúde.

A frequência normal tende a se alterar conforme a idade, atividade física ou a doenças do coração. Ter problemas cardíacos na família também merece atenção. Por isso, a consulta periódica com um cardiologista é fundamental. 

Quando os BPMs estão fora dos índices regulares, dizemos que a pessoa tem uma arritmia cardíaca. De acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), 40 milhões de pessoas no Brasil têm alterações nos batimentos do coração. Mais de 320 mil mortes súbitas por ano estão relacionadas ao problema.

Diante dos dados alarmantes, muita gente se pergunta quando é preciso se preocupar. Então, para tirar todas dúvidas sobre o assunto, conversamos com o cardiologista Diogo Viriato, que atende pela Clínica Acesso Saúde, em Cariacica (ES), uma das clínicas parceiras do Cartão MedSempre

Afinal, o que é arritmia cardíaca?

Arritmia cardíaca é uma doença desencadeada por alterações no ritmo cardíaco, explica o dr. Diogo Viriato. De acordo com ele, foi o que aconteceu com o participante do Big Brother Brasil. O brother registrou 210 bpm numa noite de paredão no programa de televisão. Naquele caso, explica o médico, a frequência cardíaca estava acima dos limites de normalidade.

Também conhecida como disritmia ou palpitação, a arritmia cardíaca é uma alteração nos batimentos do coração. A arritmia pode ser sintoma de problemas físicos ou psicológicos. Por outro lado, ela pode ser fruto de um desequilíbrio do próprio coração. 

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Dentro das arritmias, existem as taquicardias (quando os batimentos estão acelerados) e as bradicardias (quando estão mais lentos do que o normal). As duas condições podem se agravar e levar à morte, no caso da frequência cardíaca comprometer o bombeamento do sangue para o corpo.

Além disso, quando não tratada, a arritmia pode causar outras doenças, como angina, ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e derrame.

Quando o bpm deve acender o sinal de alerta? 

Dr. Diogo Viriato avalia que o grau de risco que a arritmia cardíaca oferece depende de diversos fatores, como, por exemplo, se o paciente está em repouso ou se acabou de fazer alguma atividade física. Segundo o especialista, o tamanho do perigo depende também da idade da pessoa e também da frequência com que ela pratica ou não atividades físicas. 

Qualquer pessoa pode ter arritmia cardíaca, de qualquer faixa etária, gênero ou condição socioeconômica. As arritmias cardíacas podem acometer recém-nascidos, jovens supostamente saudáveis e esportistas. Mas especialistas garantem que são mais frequentes em pessoas com doenças do músculo cardíaco ou doenças hereditárias do sistema elétrico e também em idosos.

Vale lembrar ainda que a associação de fatores como o tabagismo e o estresse pode complicar o quadro. Entre as condições de risco podemos destacar: 

Diabetes

Pessoas com diabetes têm mais chances de desenvolver o problema de saúde aumentando os riscos de sofrer um infarto ou derrames. Esse risco é maior para quem toma medicamento para tratar diabetes e com controle glicêmico ruim.

Alcoolismo, tabagismo, drogas e medicamentos

O excesso de álcool, o cigarro e o uso de drogas como cocaína, maconha, ecstasy e crack podem causar diversos tipos de arritmias, inclusive levar à morte. Alguns medicamentos descongestionantes e suplementos nutricionais também podem levar ao aceleramento do coração.

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Estresse

Em excesso, o estresse pode deixar a pessoa mais propensa a ter arritmias O estresse crônico causado geralmente pela apneia do sono, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca pode levar à arritmia e até mesmo à morte súbita.

Hipertensão

Quem tem pressão alta possui maiores riscos de desenvolver doenças cardíacas. Sendo assim, pessoas com pressão acima de 12 por 8 precisam de acompanhamento médico.

Quais são os sintomas da arritmia? 

O cardiologista da Clínica Acesso Saúde afirma que os sintomas dependem do tipo de arritmia. “A maioria gera palpitações, desconforto precordial, fadiga, cansaço ou ansiedade. Mas, nos casos de arritmias mais graves, o primeiro sinal pode ser a morte súbita”, alerta.

Outros sintomas também vistos em quem está com a frequência cardíaca desregulada são palpitações, fraqueza, tonturas, sudorese e desmaios. O paciente pode apresentar ainda confusão mental, falta de ar, mal-estar e sensação de peso no peito. Também há casos de arritmias que provocam derrames. 

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Portanto, no caso de sintomas, não deixe de buscar orientação médica. Um cardiologista é o indicado para avaliar o histórico clínico do paciente. Além disso, o médico também vai solicitar exames capazes de auxiliar na identificação do problema, entre eles o ecocardiograma, o eletrocardiograma, o teste ergométrico e o tilt-teste.

No entanto, é importante lembrar que muitas arritmias não apresentam sintomas. Daí a importância de manter uma rotina saudável e de realizar exames periódicos preventivos.

Então, não é possível prevenir o problema?

Segundo o Dr. Diogo Viriato, prevenir especificamente não é possível. “Mas um estilo de vida saudável tem seu devido lugar”, completa. De acordo com o médico, em se tratando de arritmias hereditárias, a grande maioria acaba não sendo diagnosticada.

Neste caso, elas são achadas em momentos onde os sintomas e o aumento da frequência cardíaca evidenciam o quadro. “O segredo é manter cuidado e acompanhamento de rotina com o cardiologista. Principalmente se houver casos de morte súbita na família”, avalia.

Portanto, não se esqueça: quando falamos de doenças do coração, é melhor prevenir do que remediar. E cuidar da saúde é muito mais fácil com o Cartão MedSempre. Afinal, as clínicas e laboratórios credenciados à MedSempre oferecem diversas especialidades médicas, como cardiologia, além de mais de 1000 exames laboratoriais e de imagem. 

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