Como escolher o protetor solar ideal para a sua pele
Ele deve ser usado diariamente, não apenas no verão e até quando está nublado. Mas, diante de tantas opções, como escolher o protetor solar ideal?
Ele é um dos melhores amigos da pele e deve ser usado diariamente, não apenas no verão e até mesmo quando está nublado. Sua missão é proteger o rosto e o corpo dos raios ultravioletas, evitando queimaduras, reduzindo danos à saúde e prevenindo o câncer de pele. Mas, diante de tantas opções, como escolher o protetor solar ideal para a sua pele?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o uso diário do protetor solar traz uma série de benefícios à pele, entre eles a prevenção de manchas solares, melasma, queimaduras, envelhecimento precoce, câncer da pele e o melanoma. O câncer da pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos por ano, o que reforça ainda mais a importância de usarmos protetor solar.
Para começar, é muito importante levar em consideração três siglas que dizem muita coisa sobre a eficácia de um protetor solar:
UVA
É a radiação emitida pelo sol durante todo o dia, tanto no inverno quanto no verão. Os raios UVA penetram profundamente no rosto e no corpo e são os principais responsáveis pelo envelhecimento da pele. A radiação UVA também pode piorar alguns quadros de alergia e tornar a pele mais propensa ao surgimento do câncer.
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UVB
É a radiação parcialmente absorvida pela camada atmosférica da Terra. Ela é mais forte no verão, costuma causar queimaduras do sol e aparece das 9h às 16h. Os raios UVB também são muito prejudiciais à saúde e podem trazer complicações severas se não nos protegermos adequadamente.
FPS
Significa Fator de Proteção Solar e mede a potência de um filtro contra os raios UVB. Em outras palavras, o FPS indica quanto tempo a pele exposta ao sol demora para ficar vermelha em comparação com uma pele exposta ao sol sem filtro. O FPS é a principal medida de eficácia de um protetor solar, determinando o quanto ele amplia a proteção contra a queimadura solar. Assim, com um filtro solar FPS 15, por exemplo, a pele leva 15 vezes mais tempo para ficar vermelha do que se estivesse desprotegida.
Além disso, vale ficar atento ao que diz a embalagem sobre o PPD, número que quantifica a proteção oferecida por um protetor contra a radiação UVA. Ele deve ter pelo menos um terço do FPS. Por exemplo, se o FPS for 30, o PPD deve ser de no mínimo 10.
Dito isto, vamos entender o que mais pesa na hora de escolher o protetor solar ideal para cada tipo de pele?
Protetor solar varia de acordo com o tipo de pele?
A orientação da Sociedade Brasileira de Dermatologia é que todas as pessoas expostas ao sol no Brasil usem protetor solar com FPS mínimo de 30. No entanto, é importante lembrar que tons de pele diferentes pedem cuidados diferentes. Desta forma, a recomendação para peles mais claras recai sobre fatores de proteção mais altos.
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Afinal, pessoas mais brancas têm menos melanina, o pigmento que dá cor à pele. Por isso, devem optar por um protetor com FPS 50 ou mais para o rosto e para o corpo. Como a melanina é um protetor natural, quem tem a pele morena pode usar protetores com FPS um pouco menor.
Outros casos também exigem FPS maiores do que 30, entre eles:
- Pessoas com casos de câncer de pele na família
- Exposição contínua ao sol devido à natureza do trabalho
- Presença de condições como melasma e rosácea
- Tratamentos estéticos que sensibilizam a pele (com ácidos e laser) em andamento
- Albinos
Tipo de pele
Outro ponto importante é escolher a textura ideal do filtro solar para cada tipo de pele. Pessoas com peles mistas e oleosas devem optar por filtros oil-free. Eles ajudam no controle da oleosidade e evitam o acúmulo do protetor solar nos poros, impedindo a produção de sebo e a formação de espinhas. O toque seco também ajuda a tirar o brilho excessivo e a sensação de pele suja.
Quem tem a pele seca precisa de uma textura cremosa, que ajuda na hidratação. Já pessoas com peles sensíveis devem optar por produtos com ação calmante, hidratante e que não irritem a pele.
Em todos os casos, busque opções resistentes à água. Lembre-se ainda de reaplicar o protetor solar ao longo do dia. A Sociedade de Dermatologia recomenda que o protetor solar seja reaplicado a cada duas horas para obter sua máxima proteção.
E no rosto o que usar?
Na hora de escolher o filtro solar que melhor se adapta à sua pele, vale também ficar atento às diferentes características do rosto e do corpo.
Afinal, determinados produtos desenvolvidos para o corpo contam com substâncias que podem causar espinhas, irritar os olhos ou gerar sensibilidade na pele do rosto, que é mais fina e sensível.
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Além disso, as versões em gel-creme são geralmente mais aderentes que as versões em gel e menos pesadas que os cremes comuns. Por isso, costumam ser mais indicadas para a pele do rosto, em especial no caso de peles mais oleosas. Por outro lado, os filtros solares em spray e creme são mais recomendados para o corpo.
O FPS deve ser o mesmo para os dois. Mas, ao optar por um produto específico para o rosto, você pode evitar o desenvolvimento de espinhas e ajudar no controle da oleosidade e sensibilidade da pele.
Por fim, não se esqueça da boca. A pele dos lábios é bastante sensível e sofre com a exposição solar em excesso. Batons hidratantes e com filtro solar são bem-vindos, especialmente na praia ou piscina. Para garantir uma boa proteção, eles devem ser reaplicados a cada duas horas.
Crianças também devem se proteger?
As recomendações valem também para os pequenos. A maioria dos dermatologistas recomenda que o protetor solar seja aplicado a partir dos seis meses de idade. Mas fique atento: crianças só devem utilizar produto específicos para o público infantil.
De acordo com o Guia de Fotoproteção criado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, antes dos 6 meses o bebê não deve ser exposto diretamente ao sol. Depois dos 6 meses, a exposição ao sol também deve ser limitada aos horários em que o sol não está tão forte, antes das 10 da manhã ou depois das quatro da tarde. Outra boa pedida são aquelas roupinhas, chapéus, bonés e óculos com proteção UV, próprias para praia e piscina e que têm proteção solar no próprio tecido.
Quanto mais cedo a proteção começar, melhor!
Portanto, se você ainda não tem o hábito de usar protetor solar, deve adquiri-lo o mais rápido possível. Por outro lado, se você é do time que só usa filtro no verão, leve as dicas de hoje também para o resto do ano. Lembre-se que, mesmo nos dias frios e nublados, os raios ultravioletas continuam sendo emitidos e, com eles, diversos efeitos nocivos.
Não custa lembrar que, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele é o tipo de câncer mais frequente no Brasil e no mundo. Por isso, abuse da proteção, permaneça na sombra sempre que possível e procure imediatamente um dermatologista se uma pinta aumentar de tamanho ou de cor em seu corpo.
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