Ômega 3 é o cara contra problemas do coração
Ômega 3 faz muito bem para o coração, combate inflamações, reduz o colesterol, previne a osteoporose e dá aquela turbinada no cérebro
Você provavelmente já ouviu falar que gorduras saturadas e gordura trans fazem mal. Elas são encontradas em alimentos como carnes vermelhas, manteiga, bacon e biscoito recheado, por exemplo. Quando consumidas em grande quantidade, podem aumentar o colesterol, causar doenças do coração e agravar quadros de diabetes. Mas sabia que nem toda gordura é vilã de uma vida saudável? Pelo contrário. Algumas delas, como o ômega 3, são super importantes para o nosso organismo.
O ômega 3 é um ácido graxo essencial. Por trás do nome técnico difícil, o ômega 3 nada mais é do que uma gordura do bem, uma ótima fonte de energia que ajuda a combater inflamações, reduz os níveis de colesterol e de triglicerídeos no sangue, previne a osteoporose e dá aquela turbinada no funcionamento do cérebro.
Uma pesquisa publicada no American Journal of Clinical Nutrition mostrou que um baixo índice de ômega 3 é tão ruim para a saúde do coração quanto fumar. De acordo com outro estudo, uma alimentação pobre em ômega 3 piora quadros de depressão, transtorno bipolar e Alzheimer.
Já a falta de ômega 3 diminui a imunidade, que é a capacidade do nosso organismo de se defender de invasores como vírus, bactérias e fungos. Em outras palavras, fortalecer a imunidade significa deixar o corpo mais resistente a doenças.
Além de ajudar a proteger os músculos cardíacos, o ômega 3 ajuda a prevenir os danos celulares que podem levar ao aparecimento de câncer.
Quais os benefícios para o corpo?
A falta de ômega 3 no organismo deixa as respostas cerebrais mais lentas. Se a carência se mantiver por muito tempo, esse efeito pode se tornar permanente, afetando a memória, o raciocínio e o aprendizado. Em adultos e principalmente em idosos, a carência de ômega 3 pode colaborar para o desenvolvimento de sintomas de ansiedade e depressão.
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Seu consumo, ao contrário, tem várias vantagens. Graças a suas propriedades anti-inflamatórias, por exemplo, o ômega 3 tende a colaborar para a redução de peso, uma vez que a obesidade é caracterizada por um processo de inflamação crônica.
Da mesma forma, o ômega 3 é um grande amigo do coração. Por um lado, sua presença ajuda a reduzir os riscos da aterosclerose, doença inflamatória crônica diretamente ligada ao infarto e ao AVC isquêmico. Por outro, aumenta o colesterol bom (HDL), que carrega o colesterol ruim (LDL) e outras gorduras para o fígado, de onde elas serão eliminadas.
Entre as consequências dos altos níveis de colesterol LDL no organismo estão:
- AVC
- Infarto
- Pressão alta
- Entupimento de veias e artérias
- Insuficiência cardíaca
Já o aumento do HDL no organismo, dentro dos padrões saudáveis, está relacionado à prevenção de todas as doenças acima, além do aumento da capacidade de memória e maior produção dos hormônios que causam as sensações de felicidade e bem-estar.
De acordo com um estudo coordenado pelo médico David Mischoulon, professor de psiquiatria da Universidade de Harvard e diretor do Programa de Pesquisa Clínica e Depressão (DCRP) do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, o ômega 3 interage com as moléculas relacionadas ao humor dentro do cérebro, ativando a sensação de bem-estar e atuando no combate de sintomas da depressão.
Onde encontrar o ômega 3?
Nosso corpo não produz o ômega 3 naturalmente. Por isso é muito importante incluir na dieta alimentos ricos neste nutriente. O ômega 3 pode ser encontrado em peixes de águas frias e profundas como salmão e atum, no azeite, castanhas, nozes e abacate. Folhas verde-escuras, como espinafre, rúcula, couve e brócolis também são ótimas fontes.
Leve para a mesa:
- Oleaginosas como o amendoim, castanha-do-pará, macadâmia, noz, castanha de caju e pistache. Elas têm uma boa concentração de selênio, zinco e vitamina E, que agem como antioxidantes naturais e evitam o envelhecimento precoce.
- Hortaliças e leguminosas verde-escuras como couve, taioba, brócolis, espinafre, rúcula, vagem, cebolinha, coentro e abacate. Além de serem ricas em ômega 3, elas apresentam nutrientes como vitamina K, vitamina C, vitamina E e vitaminas do complexo B. Ferro e cálcio também estão presentes nesses alimentos.
- Peixes de águas frias e profundas, como salmão, sardinha, arenque e atum, bem como camarão e caranguejo. No caso da sardinha e do atum, se for consumir o produto em lata, escolha a versão em água ao invés da versão em óleo.
- Sementes de linhaça e de chia, que podem ser consumidas em seu formato original ou em forma de óleo.
Muita gente opta por tomar a substância em cápsulas ou suplementos. A suplementação pode ser uma solução sim, mas não se esqueça: não tome qualquer suplemento ou remédio de uso constante sem antes consultar um médico ou um nutricionista.
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Você pode encontrar também produtos como sucos, margarinas, iogurtes e até ovos enriquecidos com ômega 3. Não há restrição para esses alimentos, mas é importante que eles não sejam a única fonte de ômega 3 da sua dieta.
Quanto ômega 3 devo consumir?
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a quantidade de ômega 3 recomendada para uma vida saudável é de 250 mg por dia para adultos, 100 mg para crianças e 450 mg para grávidas. Aliás, o consumo de ômega 3 é fundamental durante a gravidez e lactação, para o correto desenvolvimento neurológico do bebê.
Tenha apenas cuidado com o excesso. Quando o consumo é muito alto, o efeito delas passa a ser oposto. Ou seja, de protetores, eles passam a vilões, causando justamente um efeito inflamatório no organismo. Conforme a OMS, um excelente começo é consumir peixes, principalmente aqueles de águas frias e profundas, duas vezes por semana.
Como saber se preciso de ômega 3?
O Índice Ômega 3 é um exame que mede a quantidade do nutriente no organismo. Ele é indicado tanto para quem já tem problemas no coração quanto para quem deseja se prevenir deles. Além deles, o exame pode ser muito útil para:
- Pacientes com doenças crônicas, alterações metabólicas ou imunidade baixa
- Pacientes com baixo estado de ânimo ou depressão
- Crianças com suspeita de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)
- Gestantes, para garantir o correto aporte nutricional para o bebê
Converse com um médico sobre isso durante consultas de rotina ou seu check up anual. Um dos maiores erros que cometemos com a nossa saúde é deixar para ir ao médico somente quando estamos doentes. Cuidar da saúde de forma preventiva é mais fácil, mais barato e tem resultados melhores.
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