Dezembro Laranja: como evitar o câncer de pele

Câncer de pele tem chances de cura de 90% se for descoberto no início. Diagnóstico precoce e prevenção são os focos do Dezembro Laranja.

O câncer da pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos por ano. A exposição ao sol sem proteção e os episódios de queimadura solar são os principais fatores de risco. Em um país ensolarado como o nosso, dá para imaginar o tamanho do perigo que corremos todos os dias, não é mesmo? 

A boa notícia é que, se a doença for descoberta logo, as chances de cura são de 90%. Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são tão importantes. 

Assim, sempre no último mês do ano, que marca o início do verão brasileiro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove o Dezembro Laranja, uma campanha para disseminar os cuidados com o câncer de pele e as formas de percebê-lo nos estágios iniciais.

A campanha teve sua primeira edição em 2014. Desde então, todos os anos, uma série de ações durante o mês de dezembro busca chamar a atenção para a gravidade do câncer de pele, um tumor maligno, provocado pelo crescimento anormal e descontrolado de células da pele. 

O que observar

A doença pode afetar qualquer região do corpo, inclusive a palma das mãos, planta dos pés, unhas, genitais e couro cabeludo. Pessoas com pele, cabelos e olhos claros, com histórico familiar de câncer de pele ou muitas pintas pelo corpo devem redobrar a atenção com sinais ou manchas que crescem e mudam rapidamente de cor e formato. 

Em homens e mulheres de pele negra, a doença é menos frequente, mas, quando aparece, afeta principalmente as áreas claras do corpo, como palmas das mãos e plantas dos pés.

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De acordo com o coordenador do Dezembro Laranja, Dr. Elimar Gomes, é preciso estar atento também a sinais que se modificam ou feridas que não cicatrizam. Todos eles podem revelar o câncer de pele. “O autoexame frequente facilita o diagnóstico e tratamento precoces. Ao notar algum dos sintomas, procure um médico”, orienta o dermatologista, no site oficial da campanha

Vale ficar de olho ainda em lesões na pele com aparência elevada e brilhante, que tenham uma característica translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida. Pintas pretas ou castanhas que mudam de cor ou textura, tornam-se irregulares nas bordas e crescem devem ser acompanhadas. 

Da mesma forma, manchas ou feridas que não cicatrizam, continuam a crescer e causam coceira, crostas, erupções ou sangramentos precisam ser observadas de perto.

Proteção começa na infância

O câncer de pele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos. No entanto, cerca de 75% da exposição acumulada durante a vida ocorre até os 20 anos de idade. 

Muitas vezes, as consequências da falta de cuidado com a pele são sentidas quando nem nos lembramos mais dos dias de exposição exagerada ao sol. Por isso, é imprescindível educar os mais jovens a estabelecerem hábitos de proteção solar desde a infância.

Por isso, crianças e adolescentes serão os porta-vozes do Dezembro Laranja neste ano. O objetivo é abordar o tema de forma descomplicada, mostrando a importância de não subestimar a doença e de levar em consideração medidas de fotoproteção a partir dos primeiros anos de vida. 

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Em outras palavras, todas as ações do Dezembro Laranja pretendem reforçar que a melhor forma de reduzir o risco de desenvolver o câncer de pele é diminuir a exposição solar. Fazer uso de proteção solar diariamente, tanto em momentos de lazer quanto de trabalho sob o sol, também deve estar no radar de toda a família.

Para quem realiza atividades ao ar livre, chapéus de abas largas, óculos escuros, roupas que cubram boa parte do corpo e protetores solares são itens obrigatórios.

Profissionais que trabalham continuamente expostos à radiação ultravioleta, em setores como construção civil e produção rural, por exemplo, também devem ficar atentos. Eles têm mais chance de desenvolver o câncer de pele do tipo não melanoma, que representa 90% do total de cânceres de pele no Brasil.

Tipos de câncer de pele e tratamentos

Como vimos, o câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil. Ele corresponde a cerca de 30% dos tumores malignos registrados no país, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil.

Os tipos mais comuns de câncer não melanoma são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente.

Vamos saber um pouco mais sobre eles?

Carcinoma basocelular

É o câncer de pele mais frequente na população, correspondendo a cerca de 70% dos casos. Se manifesta por lesões elevadas peroladas, brilhantes ou escurecidas que crescem lentamente e sangram com facilidade.

Carcinoma espinocelular

É o segundo tipo de câncer de pele de maior incidência no ser humano. Equivale a cerca de 20% dos casos da doença. É caracterizado por lesões ou feridas que não cicatrizam depois de seis semanas. Geralmente causa dor e sangramentos.

Câncer de pele melanoma

Apesar de corresponder a apenas 10% dos casos, é o mais grave pois pode provocar metástase rapidamente – espalhamento do tumor para outros órgãos do corpo humano – e levar à morte. É conhecido pintas ou manchas escuras que crescem e mudam de cor e formato rápido. As lesões também podem vir acompanhadas de sangramento.

Em geral, o tratamento varia de acordo com o tipo de câncer. A cirurgia é o mais indicado nos tumores iniciais, mas depende do estado de saúde do paciente como um todo. Na maioria dos casos, o médico remove a lesão causada pelo câncer ou camadas de pele até retirar todas as células cancerígenas.

No caso do melanoma, pela sua gravidade, nem sempre é possível obter a cura, especialmente quando o diagnóstico chega em uma fase muito avançada da doença. Ainda assim, alguns tratamentos ajudam a reduzir os sintomas e a aumentar a expectativa de vida dos pacientes.

Informação segura para salvar vidas

Em 2020, por causa da pandemia do novo coronavírus, as atividades do Dezembro Laranja serão todas virtuais. O Mutirão de Atendimento Gratuito do Câncer de Pele, que realiza atendimentos presenciais com dermatologistas voluntários, não será realizado neste ano. 

Ao invés disso, uma campanha no site, Facebook, Instagram e Youtube da SBD vai veicular informações educativas durante o Dezembro Laranja. 

Como já assistimos no Outubro Rosa e no Novembro Azul, prédios e monumentos nacionais serão iluminados com a cor símbolo da campanha, frisando o compromisso com a prevenção, diagnóstico e tratamentos precoces.

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Personalidades de diversas áreas também prometem se engajar no movimento vestindo a cor laranja. Quem quiser aderir pode publicar fotos relativas à prevenção e aos cuidados com o câncer de pele, usando as hashtags #DezembroLaranja, #CancerdePeleECoisaSeria, #CancerdePele #CampanhaCancerdePele2020.

Se você tem mais de 40 anos, períodos de longa exposição ao sol ou histórico de câncer de pele na família, visite um dermatologista. A MedSempre oferece preços e condições especiais em diversas especialidades médicas, entre elas a dermatologia. Sem carência ou limite de consultas, o Cartão MedSempre ajuda você a cuidar da sua saúde pagando muito pouco. Faça o seu agora mesmo.