O que são doenças crônicas?

No Brasil, elas são responsáveis por 74% dos óbitos todos os anos. As doenças crônicas têm um longo tempo de tratamento. Há aquelas, inclusive, que são incuráveis. Hoje nós abordamos algumas das principais doenças crônicas que afetam os brasileiros, bem como sua prevenção ou tratamento, Além disso, vamos distinguir os dois principais tipos de doenças crônicas.

DCNTs e doenças crônicas transmissíveis

As Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNTs) são aquelas que surgem ao longo do tempo. Elas podem ser causadas por anomalias no organismo como obesidade, doenças congênitas e herança genética. Por outro lado, também podem ser causadas por hábitos prejudiciais à saúde, como o tabagismo e alcoolismo. 

Já as doenças transmissíveis possuem origem infecciosa e são causadas por organismos invasores, como parasitas e vírus. A transmissão dessas doenças acontecem quase exclusivamente pelo contato de fluidos do portador com a mucosa ou corrente sanguínea da pessoa saudável, seja pelo ato sexual, contato direto ou picada de mosquitos.

Principais doenças crônicas no Brasil

As principais doenças crônicas que afetam os brasileiros, bem como seus sintomas e seu tratamento/prevenção, são as seguintes:

Diabetes

O diabetes é caracterizado por uma deficiência metabólica quanto à produção e absorção de insulina pelo organismo. A insulina é o hormônio regulador da glicose e é responsável por “quebrar” o açúcar no sangue e transformá-lo em energia.

A deficiência de produção deste hormônio aumenta os níveis de açúcar na corrente sanguínea e pode causar complicações ainda mais graves, levando à amputação de membros e ao óbito.

O diabetes pode ser congênito (desde o nascimento) ou pode ser desenvolvido ao longo da vida, sendo definido, respectivamente, como diabetes tipo 1 e 2.

Os principais sintomas do diabetes são:

• Fome frequente;
• Sede constante;
• Fraqueza;
• Fadiga;
• Formigamento nos pés e mãos;
• Vontade de urinar diversas vezes;
• Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
• Feridas que demoram para cicatrizar;
• Visão embaçada.

O tratamento do diabetes consiste, principalmente, na organização de hábitos alimentares rigorosos e na prática de atividades físicas específicas. Esses também são os melhores meios de prevenção da doença.

Hipertensão

Também conhecida como “pressão alta”, a hipertensão arterial é o quadro onde os valores de pressão sanguínea se mantêm elevados constantemente. Essa condição é a principal causa das ocorrências de acidente vascular cerebral, infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.

Em 90% dos casos, a hipertensão é uma doença herdada geneticamente. No entanto, alguns fatores comportamentais agravam esse quadro. Entre eles podemos destacar fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, elevado consumo de sal, níveis altos de colesterol e falta de atividade física. Sabe-se também que a incidência dos quadros de hipertensão são mais comuns em negros.

Os sintomas mais frequentes da pressão alta são:

• Dores no peito; 
• Dor de cabeça; 
• Tonturas; 
• Zumbido no ouvido; 
• Fraqueza; 
• Visão embaçada; 
• Sangramento nasal.

A hipertensão não tem cura. O tratamento adequado é individual para cada paciente, envolvendo medicamentos ou não. Mas, de forma geral, é necessária a correção e reeducação dos hábitos citados mais acima.

Alzheimer

Um dos males mais comuns em idosos, a Doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória. Essa é uma doença fatal e incurável, causada pela deficiência na produção de determinadas proteínas do sistema nervoso central.

Após diagnosticada a doença, a sobrevida dos pacientes com Alzheimer costuma ser de dez anos. A doença é dividida em quatro estágios:

• Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.
• Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia.
• Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva.
• Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor na deglutição. Infecções intercorrentes.

Não há forma efetivamente comprovada de se evitar essa doença. Todavia, médicos e profissionais da saúde acreditam que a prática de bons hábitos sociais, alimentares e intelectuais podem contribuir para o retardamento ou mesmo a inibição da doença. O tratamento do Alzheimer é medicamentoso e visa minimizar os impactos dos sintomas no paciente e trazer mais conforto para a sua vida durante a progressão deste quadro.

AIDS

AIDS é uma sigla que, do inglês, significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Ela é causada pelo vírus HIV que, também no inglês, é uma sigla para Vírus da Imunodeficiência Humana. Esta é uma doença sexualmente transmissível que afeta diretamente o sistema imunológico do indivíduo, tornando-o imunodeficiente, ou seja, seu corpo se torna incapaz de combater outras doenças.

A doença, em si, não tem sintomas e não mata. No entanto, ela desencadeia um quadro de sensibilidade extrema onde outras mazelas podem levar o paciente a óbito.

Até o momento, não há cura para a AIDS. O tratamento é medicamentoso e promove a diminuição de infecções por agentes externos, melhorando a qualidade de vida do paciente e diminuindo os riscos de morte.

Depressão

A depressão é um quadro mental de inibição da produção de certas enzimas e hormônios que regulam o humor. De forma geral, a depressão causa a diminuição ou inibição completa do interesse por atividades cotidianas. Inclusive aquelas de extrema importância para a saúde e condição de vida da pessoa.

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A melhor forma de prevenir a depressão é a prática de bons hábitos da saúde, como alimentação, atividade física e qualidade do sono. É também muito importante que a pessoa pratique atividades que lhe tragam prazer. Além disso, é essencial que conserve e aproveite melhor seu tempo de lazer e distração.

O tratamento para a depressão varia em cada caso. Dependendo das necessidades do paciente, pode ser medicamentoso ou não. Esse tratamento também envolve mudanças no comportamento e a inclusão gradual de novas atividades na rotina da pessoa. Vale lembrar também que o tratamento precisa ser acompanhado por um médico psiquiatra e/ou um psicólogo.