Cuidado! Entenda os riscos automedicação
A automedicação é um problema sério e não deve ser banalizado, pois causar danos irreversíveis à saúde.
Quando você não está se sentindo bem, você costuma tomar remédio por conta própria? Se a resposta for sim, você faz parte dos 89% dos brasileiros que têm o hábito da automedicação.
O dado faz parte do recente levantamento realizado pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), por meio do Instituto Datafolha, que constatou o crescimento do número de pessoas que adotam essa prática. Em 2014, o número de pessoas com 16 anos ou mais que tomam remédios por conta própria era de 76%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 12 de abril de 2022, e o Datafolha entrevistou 2.099 pessoas, em 151 municípios de todas as regiões do país.
O levantamento constatou também o crescimento da digitalização da Saúde. Segundo dados da pesquisa, 24% dos brasileiros fazem uso de aplicativos e outros recursos da telemedicina, tais como consulta online – aquela feita a distância – e prescrição digital em farmácias e drogarias.
Principais motivos da automedicação:
Com tantas farmácias disponíveis e acesso tão facilitado aos medicamentos, a pesquisa em questão identificou as principais causas que levam os brasileiros a praticarem a automedicação. Confira:
64% – Dor de Cabeça
47% – Gripes e resfriados
35% – Dores musculares
32% – Febre
22% – Tosse
19% – Dor de barriga
(Fonte: ICTQ e Datafolha)
Perigos da automedicação:
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) define como automedicação a prática de utilizar medicamentos por conta própria ou por indicação de terceiros (amigos ou parentes, por exemplo).
Mas esse hábito é perigoso, já que a definição do tratamento é individual e leva em conta uma infinidade de aspectos que variam de pessoa para pessoa.
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Um medicamento que apresenta determinado efeito em um indivíduo dificilmente irá reagir de forma idêntica em outro indivíduo, mesmo ministrado na mesma quantidade e frequência.
Por isso é fundamental ouvir sempre um especialista, que vai definir a abordagem inicial e te acompanhar durante o tratamento para ajustar dosagens ou mesmo substituir medicamentos, se for o caso.
Conheça os principais riscos:
Segundo especialistas, esse hábito de se automedicar pode trazer muitos riscos à saúde. Confira abaixo os principais riscos da automedicação:
1) Efeito contrário
O uso inadequado de medicamentos pode criar resistência do organismo aos efeitos desejados, dificultando o tratamento. A automedicação pode causar ineficiência no tratamento de infecções, por exemplo.
2) Dependência química
Alguns tipos de substância são mais propensas a criar dependência química na pessoa que ingere. O erro na quantidade ou na frequência pode levar por esse caminho e causar uma série de transtornos e problemas à saúde.
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3) Agravamento da doença
O alívio imediato, após a automedicação, leva as pessoas a pensarem que o problema foi resolvido. No entanto, elas podem estar simplesmente mascarando os sintomas, enquanto o problema se torna mais grave.
4) Reações imprevisíveis
Ao definir um tratamento, os profissionais habilitados levam em consideração a interação medicamentosa, ou seja, a combinação entre aquele medicamento que está sendo prescrito e outros que a pessoa já utiliza, se for o caso. A automedicação pode levar essa mistura a anular ou potencializar os efeitos de cada um no organismo, podendo gerar reações imprevisíveis.
5) Reação alérgica
Ingerir medicamentos que não foram prescritos por um profissional da saúde pode causar reações não esperadas no organismo.
6) Problemas renais
O consumo excessivo e em longo prazo de certos medicamentos pode danificar os rins, diminuindo progressivamente as funções destes órgãos. Pacientes com problemas renais que se automedicam com alguns analgésicos e antiinflamatórios podem agravar a doença.
7) Problemas hepáticos
Todo remédio tem potencial nocivo quando corre solto nas nossas veias. E, como ele é metabolizado no fígado, o órgão é o que mais sofre com os abusos, devido às lesões causadas pelas medicações.
O prejuízo da automedicação é potencializado no fígado de crianças, idosos, grávidas ou de pessoas que tomam remédio junto com a ingestão de álcool.
Os sintomas mais comuns são: mal estar, náusea e perda de apetite. Ou nos casos mais graves: icterícia, aumento do fígado, dor na parte superior direita do abdome, diminuição da atenção e confusão mental.
8) Intoxicação fatal
A automedicação é um problema sério e não deve ser banalizado. O descompasso no tratamento pode causar danos irreversíveis à saúde. Além disso, uma overdose da substância no organismo gera intoxicação, podendo levar à morte.
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