Gastrite nervosa: quais os sintomas e como evitar
Nem sempre uma boa alimentação é tudo o que você precisa para se livrar do desconforto. Saiba quais são os sintomas e como tratar a gastrite nervosa!
Mais de dois milhões de casos por ano. Esses são os dados do Hospital Albert Einstein para o número de ocorrências dos quadros de gastrite na população brasileira. Apesar de ser uma condição muito comum, a gastrite, quando não tratada adequadamente, pode se transformar em doenças mais graves, gerando úlceras e até mesmo o câncer de estômago.
Para falar um pouco mais sobre o que é gastrite, quais são os sintomas e como tratar das crises gastrointestinais, nós convidamos a gastroenterologista Diana de Castro Vivas (CRM 13946), que atende pela Clínica Bem Estar, uma das parceiras do Cartão MedSempre.
- O que é Gastrite Nervosa?
“Trata-se, em geral, da dispepsia funcional, quadro que é agravado por fatores emocionais como ansiedade, depressão e estresse”, afirma a doutora. “É mais comum em mulheres jovens e, apesar de benigna, pode afetar significativamente a qualidade de vida dos pacientes”, completa.
- Quais são os sintomas?
Dor, desconforto ou distensão abdominal (especialmente após as refeições), sensação de enjoo, mal estar, gases, queimação, vômitos e perda do apetite”. Estes são, segundo a dra. Diana, os maiores indicativos de um quadro de gastrite.
- Como se dá o diagnóstico?
“O diagnóstico é feito por meio de uma boa anamnese”, diz a médica, sobre o processo de entrevistar o paciente a fim de pré-diagnosticar sua condição. Em alguns casos, ela sugere também a realização de endoscopia digestiva alta e exames investigativos.
- O que fazer para evitar?
Para prevenir-se contra as crises de gastrite, a dra. Diana é enfática: “É preciso mastigar bem os alimentos, alimentar-se regularmente e evitar o uso de anti-inflamatórios e AAS sempre que possível. Evitar o consumo de refrigerantes, alimentos muito condimentados e apimentados, frituras, frutas ácidas, bebidas alcoólicas e, muito importante, evitar o estresse desnecessário!”
- Qual o tratamento indicado?
Quando não há mais solução a não ser tratar o quadro de gastrite, a doutora explica: “O tratamento com remédio está indicado para as fases sintomáticas por tempo limitado”.
Os principais tipos principais de gastrite
A inflamação no estômago causada pela gastrite pode surgir em um episódio momentâneo, durar alguns meses e até anos. O prolongamento do período ocorre, normalmente, quando não há o devido acompanhamento da condição ou quando ocorre grave infecção provocada por vírus ou bactérias. Abaixo, estão listados os tipos mais comuns de gastrite:
- Gastrite aguda
É caracterizada pelo surgimento súbito de um quadro de inflamação no estômago. Não dura por muito tempo e é necessariamente acionada por um agente causador, que podem ser: uso demasiado de medicamentos antiinflamatórios e/ou corticóides, estresse físico ou mental, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e alimentos contaminados com vírus ou bactérias.
- Gastrite crônica
Geralmente, quando há infecção causada pela bactéria Helicobacter Pylori, há extensão do quadro sintomático. Nesses casos, o desconforto permanece por um período de tempo muito maior do que na gastrite aguda e podem haver sérios danos à mucosa protetora do interior do estômago, promovendo úlceras e debilitando o órgão.
- Gastrite crônica atrófica
Ocorre quando os anticorpos presentes no organismo atacam o revestimento do estômago, diminuindo ou até mesmo extinguindo as enzimas gástricas. A redução da absorção de vitamina B12 ocasionada por este quadro pode levar o paciente à anemia perniciosa e aumentar os riscos de ele desenvolver câncer de estômago. Esta é uma doença autoimune, sem cura, em que o tratamento envolve apenas a suplementação de vitamina B12 e controle dos sintomas.
Cuidados extras
Além dos hábitos de prevenção anteriormente citados pela doutora, existem também alguns outros cuidados que precisam ser incorporados no dia a dia, como: a devida higienização das mãos, a lavagem correta dos utensílios da cozinha e a preparação e conservação adequadas dos alimentos.
Estresse e gastrite
Cada vez mais o estresse tem sido citado como fator precursor de diversas doenças. O estresse nada mais é do que uma resposta do organismo a determinado estímulo. Quando submetido a circunstâncias que exigem uma ação imprevista ou imediata, o corpo libera hormônios que o fazem entrar em um estado de alerta, aumentando sua disposição para cumprir tal ação. O estresse é, naturalmente, um mecanismo de defesa que nos ajuda a contornar ou enfrentar algumas coisas na vida. Porém, quando vivenciado em períodos prolongados, os hormônios liberados pelo estresse causam inúmeros distúrbios fisiológicos e psicossomáticos no ser humano.
O estresse prolongado, em meio a inúmeras outras coisas, afeta o equilíbrio que existe entre a secreção ácida do estômago e a sua mucosa protetora, aumentando os níveis de acidez e desencadeando a gastrite. Nesse caso, o tratamento feito apenas com medicamentos se torna ineficaz, uma vez que a causa do quadro de inflamação não se encontra no aparelho digestivo. Esse é o caso mais comum em que a gastrite pode se tornar crônica.
Seja qual for a causa que originou a gastrite, tomar remédios por conta própria para controlá-la nunca é a melhor opção. Quaisquer casos de inflamações ou, principalmente, infecções bacterianas precisam ser acompanhados por um especialista. O uso desmedido de antibióticos acaba por fortalecer as bactérias presentes no organismo e faz com que elas criem uma super resistência aos efeitos do medicamento. O mesmo vale para antiinflamatórios, especialmente nos quadros de gastrite crônica, uma vez que esse medicamento pode agravar o estado da infecção.
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