Prevenção e cuidados com as hepatites
As hepatites virais são doenças que surgem de forma silenciosa, mas que podem ter sérias consequências para a saúde. Saiba mais sobre a doença e cuide-se!
Os diferentes tipos de hepatites virais são uma grande preocupação da saúde no Brasil e no mundo. Essa infecção, que pode se manifestar de forma silenciosa, já fez mais de 70 mil vítimas nos últimos 20 anos em território nacional. Apesar de haver campanhas de prevenção e tratamento incentivadas pelo governo federal, a falta de conhecimento por parte da população dificulta as ações dos órgãos de saúde e prejudica o combate à doença.
O que são hepatites virais
Hepatite é uma inflamação do fígado e pode ser causada pela infecção de um vírus, pelo consumo excessivo de medicamentos, drogas e álcool ou a partir de alguma doença autoimune, metabólica ou genética.
No Brasil, os tipos mais comuns da doença são as hepatites A, B e C, mas ainda existem os vírus D e E, sendo o último mais comum na África e Ásia. Desses, a hepatite C é a mais comum no Brasil, com uma taxa de mortalidade de mais de 70% em relação aos outros tipos.
Formas de contágio e sintomas
Como toda infecção viral, a forma mais comum de contágio das hepatites é o contato do vírus presente em uma superfície com a mucosa de uma pessoa saudável. Abaixo, listamos as principais formas de contágio, segundo o Ministério da Saúde do Brasil:
- Contágio fecal-oral: acontece em condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (hepatite A e E);
- Transmissão por contato com sangue: por meio de compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B, C e D).
- Transmissão vertical: pode ocorrer durante a gravidez, o parto ou a amamentação (hepatite B, C e D)
Alerta! Infecções sexualmente transmissíveis tem crescido no Brasil
Nem sempre as hepatites apresentam sintomas, especialmente durante o desenvolvimento da doença. Mas, quando o fazem, os indicativos abaixo são os mais comuns:
Sintomas mais comuns das hepatites A e B:
- Dor ou desconforto abdominal
- Dor muscular
- Fadiga
- Náusea e vômitos
- Perda de apetite
- Febre
- Urina escura
- Amarelamento da pele e olhos
Sintomas mais comuns da hepatite C:
- Dor ou inchaço abdominal
- Fadiga
- Náusea e vômitos.
- Perda de apetite
- Febre
- Urina escura
- Coceira
- Amarelamento da pele e olhos
- Sangramento no esôfago ou no estômago
Formas de prevenção e tratamentos das hepatites virais
A vacina contra os vírus A e B é a melhor forma de prevenção a esses tipos de hepatites virais. A vacina contra a hepatite B também oferece proteção contra o tipo D do vírus. Todas as vacinas são oferecidas gratuitamente pelo SUS e seguem o calendário nacional dos programas de vacinação. Abaixo, seguem mais detalhes sobre as vacinas e tratamentos:
- Hepatite A
A vacina está disponível no SUS, sendo oferecida no Calendário Nacional de Vacinação para crianças com idade entre 15 meses a 5 anos incompletos (4 anos, 11 meses e 29 dias), e também no Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIE), para pessoas de qualquer idade que se enquadrem nos seguintes casos:
- portadores das hepatites B e/ou C;
- portadores de coagulopatias;
- pessoas com HIV;
- portadores de quaisquer doenças imunossupressoras;
- doenças de depósito;
- fibrose cística;
- trissomias;
- candidatos a transplante de órgãos;
- pessoas com hemoglobinopatias.
A hepatite A possui apenas uma manifestação aguda e seu tratamento se baseia em dieta e repouso. Ele pode durar até algumas semanas e, depois de recuperado, o paciente adquire imunidade ao vírus e não terá uma nova infecção desse tipo de hepatite.
Vacinação contra a gripe: quem precisa e por que participar?
- Hepatite B
Em crianças, a vacina é administrada em quatro doses: ao nascer e aos 2, 4 e 6 meses. Para os adultos que não se vacinaram na infância, são três doses a depender da situação vacina. É importante que todos que ainda não se vacinaram tomem as três doses da vacina. Pessoas que tenham algum tipo de imunodepressão ou que tenham o vírus HIV precisam de um esquema especial com dose em dobro, dada nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIE).
As hepatites B e D podem se desenvolver em doenças crônicas, permanecendo por 6 meses ou mais no organismo do paciente. Felizmente essas doenças têm tratamento e podem ser controladas, evitando a evolução para cirrose e câncer.
- Hepatite C
Não existe vacina que previna os casos de hepatite C. As infecções virais causadas por essa forma da doença devem receber tratamento medicamentoso exclusivo, onde há cura em 95% dos casos.