Metade dos alimentos ingeridos por crianças menores de 2 anos são industrializados! Quais os riscos?

Você sabia que metade dos alimentos ingeridos por crianças menores de 2 anos são industrializados? Na correria do dia a dia, é comum oferecermos às crianças produtos como suco de caixinha, leite de soja saborizado e/ou biscoito recheado. Saiba as consequências dessa prática.

Hoje o assunto é nutrição infantil. Os primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento de hábitos saudáveis. Um bom desenvolvimento da criança depende tanto da genética (a herança que recebe dos pais) como dos cuidados que a criança receberá da família e da comunidade em geral e a alimentação é um desses pilares. 

Logo após o nascimento, indica-se o aleitamento materno exclusivo, ou seja, alimentar a criança apenas com leite da mãe, no mínimo nos primeiros seis meses de vida. Mesmo que o recomendado seja a amamentação exclusiva no início da vida da criança, dados do governo brasileiro demonstram um cenário preocupante: duas em cada três crianças com menos de 6 meses já recebem outro tipo de leite, em geral, acrescido de alguma farinha e açúcar. E ainda: apenas 1/3 continua recebendo leite materno até os 2 anos. Nesta faixa etária, 49% já se alimentam também de sucos adoçados, refrigerantes e biscoitos. O ideal seria uma alimentação zero açúcar até essa idade. 

A pesquisa aponta ainda que 15,9% das crianças com menos de 5 anos já apresentam excesso de peso. Nos últimos 13 anos, o percentual de obesos no país passou de 11,8% para 19,8%, um aumento de 67,8%, que é um dos maiores índices de crescimento no mundo.

Os principais efeitos da má nutrição nos primeiros anos de vida são:

 

  • Atraso no crescimento físico e no desenvolvimento geral da criança;
  • Dificuldades no processo de aprendizagem e conhecimento da criança;
  • Aumento dos problemas de comportamento e de relacionamento na idade escolar; 
  • Aprendizagem deficiente, atenção diminuída e desempenho escolar mais fraco.

É preciso atentar-se também às propagandas e às embalagens de produtos alimentícios ultraprocessados (refrigerantes, achocolatados, salgadinhos, suplementos, condimentos etc.), principalmente, os que são veiculados na televisão. Geralmente, as empresas alimentícias se utilizam de estratégias de marketing que estimulam o desejo e o comer compulsivo e, quando direcionadas às crianças, associam esse tipo de alimento a muita diversão (brincadeiras, jogos, brindes, desenhos animados, músicas infantis, dentre tantos outros estímulos). 

Esse novo padrão alimentar brasileiro tem causado muito problemas, pois os alimentos deixaram de ser produzidos e colhidos pelas famílias e passaram a ser processados e ultraprocessados, ou seja, com alto teor de sódio, gorduras e açúcares. A falta de tempo e a vida acelerada que levamos, infelizmente, faz com que os ultraprocessados estejam cada vez mais presentes no cardápio das crianças e dos adolescentes, levando ao desenvolvimento de maus hábitos alimentares e, logo, ao aumento de peso e da obesidade, o que pode ter graves consequências que refletirão na vida adulta: aumento do colesterol e triglicerídeos, hipertensão arterial, problemas articulares, diabetes, problemas no fígado, dentre outros. 

Mas, nem tudo está perdido! Vamos te dar algumas dicas e cuidados para proporcionar uma alimentação mais saudável ao seu filho, prevenindo riscos de sobrepeso, obesidade e outras doenças: 

  • Amamentar a criança pelo menos até os 6 meses de vida;
  • Seguir o esquema de alimentação para as diferentes etapas do desenvolvimento infantil;
  • Evitar o consumo de carnes gordas, frituras;
  • Evitar o consumo de carnes processadas como linguiça, salsicha, mortadela, salame, toucinho, biscoitos recheados, salgadinhos, cremes, entre outros;
  • Incentivar o uso de verduras e frutas introduzindo-os na dieta da criança no início da alimentação suplementar;
  • Evitar o consumo de refrigerantes;
  • Dar preferência aos alimentos cozidos, refogados e grelhados, no lugar de frituras ou à milanesa;
  • Ensinar a criança a fazer escolhas adequadas para a criação de hábitos alimentares saudáveis;
  • Estimular atividades físicas como: pular corda, andar de bicicleta, nadar, jogar capoeira etc;
  • Não utilizar doces, refrigerantes – e outras guloseimas – como recompensa;
  • Oferecer frutas, sucos, iogurtes e sanduíches como lanche, no lugar de salgadinhos, pipocas e biscoitos recheados, dentre tantos outros alimentos prejudiciais à saúde. 

Além disso, para acompanhar o crescimento e desenvolvimento da criança, é fundamental ter um pediatra de confiança, que estará atento ao ganho de peso, altura, habilidades desenvolvidas e dará as orientações necessárias sobre alimentação, cuidados gerais e higiene. Nós, da MedSempre, podemos te ajudar. 

Com o Cartão MedSempre você tem acesso a consultas com pediatras em diferentes localidades com um valor que cabe no seu orçamento, bem como descontos na realização de exames e também em medicamentos.

Conheça todas as vantagens e benefícios de ter o seu, pagando apenas R$23,90 por mês.  Faça hoje mesmo o seu cartão!