O que é e como tratar a infecção urinária
Maioria resolve problema em casa, com antibiótico e muita água. Mas alguns pacientes precisam ficar internados, como aconteceu com Faustão
Frequentemente Ela é mais comum nas mulheres e não costuma ser muito complicada de tratar. Por isso, muita gente ficou surpresa com a notícia de que o apresentador Faustão, de 71 anos, estava internado por causa de uma infecção urinária. Mas, afinal, o que é infecção urinária? Como tratar a doença também conhecida por cistite e, principalmente, o que fazer para se prevenir dela?
A infecção do trato urinário (ITU) ou simplesmente infecção urinária é um dos tipos de doenças bacterianas mais comuns do mundo. Mas não se assuste logo de cara! Antes de mais nada, vale dizer que a maioria dos casos pode ser resolvida com um tratamento simples. Geralmente, antibióticos e muita água, em casa mesmo, resolvem o problema.
No entanto, em pessoas mais velhas ou quando a infecção já alcançou outros órgãos para além da bexiga, o paciente deve ser internado.
Depois que o problema chega ao rim, a condição passa a ser chamada de pielonefrite e o perigo aumenta. Neste caso, as bactérias podem cair na circulação sanguínea, causando febre e até uma infecção generalizada.
Como identificar a infecção urinária
Existem casos em que a presença da bactéria na urina não dá nenhum sinal. Em outras palavras, estamos falando do que os médicos chamam de bacteriúria assintomática. Ela ocorre com mais frequência em mulheres após os 60 anos ou nas grávidas.
No geral, os principais sintomas da infecção urinária são:
- Ardência ou dor na hora de fazer xixi
- Pressão ou dor no baixo ventre, região que fica logo abaixo da barriga
- Vontade de fazer xixi o tempo todo
- Xixi escuro, com sangue ou cheiro forte
- Cansaço ou mal-estar
Imediatamente, ao identificar esses sintomas, é preciso procurar ajuda médica. Afinal, mesmo em casos mais leves, a infecção urinária precisa ser tratada com antibióticos. Ao mesmo tempo, o médico pode indicar analgésicos para aliviar a dor nas vias urinárias e a dor nas costas. O paciente deve descansar e ingerir bastante líquido.
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Quanto mais cedo o problema for tratado, melhor. Vale lembrar ainda que febre, dor nas costas, náusea, vômitos, perda de apetite e calafrios podem indicar que a infecção alcançou os rins. Neste caso, o doente precisa procurar o serviço médico com urgência.
Exames mais comuns
De antemão, o médico precisa saber qual bactéria está causando a infecção. O primeiro passo, então, é realizar um exame de urina para determinar a bactéria envolvida. Assim, o exame vai indicar o tipo de antibiótico necessário para combater aquele micro-organismo.
Os tipos de exames mais comuns para esse diagnóstico são:
Exame de urina tipo 1
Teste laboratorial que faz a análise da urina do paciente, buscando sinais de bactérias, leucócitos e infecção.
Urocultura
Amostra de urina colhida para analisar se há bactérias no material. Quando o exame identifica a presença de uma bactéria, tudo indica que há infecção urinária.
Citologia
O exame expande a bexiga a partir do uso de cistoscópio, na abertura da uretra. Com isso, o examinador pode ver o interior do órgão e saber se existe algum problema.
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Às vezes o médico também pode pedir exames de imagem, como a cistoscopia, um tipo de endoscopia do trato urinário. Outros procedimentos, como ultrassonografia e tomografia, são indicados para checar se existe algum problema nas vias urinárias, bexiga ou rins.
Idosos e mulheres pedem atenção especial
Embora seja mais comum em idosos e mulheres, a infecção urinária não escolhe suas vítimas segundo a idade. Da mesma forma, até crianças podem ser afetadas. No entanto, a cistite, outro nome da doença, pode trazer complicações extras principalmente para os mais velhos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a partir dos 65 anos, 10% dos homens e 20% das mulheres apresentam o problema. Frequentemente os números duplicam depois dos 80.
Para dificultar um pouquinho mais, muitos casos são assintomáticos. Em outras palavras, eles simplesmente não dão nenhum sinal de que alguma coisa está errada. A pessoa, portanto, pode não sentir dor na hora de fazer xixi e não ter febre. Nenhum sinal, mesmo que as bactérias já tenham atingido os rins. Ao mesmo tempo, pode ter sonolência ou confusão mental.
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Além disso, a imunidade costuma ser frágil nos idosos. Isso os deixa mais vulneráveis. Problemas como demência, Alzheimer e diabetes também pode agravar o quadro. Por outro lado, quem usa fralda geriátrica requer cuidado extra com a higiene, para afastar o risco de infecção urinária.
Prevenção para todas as idades
Em contrapartida a boa notícia é que prevenir a infecção urinária pede apenas atitudes bem simples. Em primeiro lugar, a regra é beber bastante água. Observe se a urina está sempre clara. Se estiver concentrada, é sinal de que você precisa tomar mais líquido.
Para prevenir a infecção urinária, siga também essas dicas dos especialistas:
- Não espere a vontade apertar. A bexiga deve ser esvaziada no mínimo a cada quatro horas. Se você se esquece de ir ao banheiro, use o alarme do celular.
- Relaxe na hora de fazer xixi. Se você estiver com aquela sensação de que sobrou urina na bexiga, faça uma forcinha.
- Evite passar muito tempo com roupas íntimas molhadas. Prefira peças feitas com tecidos que absorvem o suor, como algodão.
- Use camisinha e faça exames de rotina para afastar o risco de doenças sexualmente transmissíveis (DST). Faça xixi depois do sexo. Depois do sexo anal, troque o preservativo caso volte à penetração vaginal.
- Troque fraldas e absorventes com frequência Isso evita a exposição da uretra a bactérias.
- Ensine as meninas a fazer a higiene íntima sempre de frente para trás.
- Cremes vaginais com estrogênio podem evitar o risco de infecções urinárias nas mulheres durante a menopausa.
- Considere o tratamento da próstata, caso essa seja a causa de infecções recorrentes
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