O que é empatia e por que ela faz tão bem à saúde

Entenda o que é empatia e por que ela faz tão bem à saúde. Sentimento começa com a prática de se colocar no lugar do outro

Você já ouviu alguém dizer que falta empatia no mundo de hoje ou pedir para um amigo ou familiar ser mais empático diante de determinada situação? Talvez tenha visto um pedido para mais empatia no noticiário da TV, que ultimamente anda cheio de notícias ruins… Mas, afinal, o que é empatia? Por que você deve praticá-la e como colocar na sua vida a palavra que virou campeã de buscas no Google na pandemia de Covid-19?

Para começar, o que é empatia: empatia é a prática de se colocar no lugar do outro. Em outras palavras, ter empatia significa tentar compreender o que outra pessoa diz, pensa ou sente a partir do ponto de vista DELA, tentando acolher o outro sem julgá-lo. Ter empatia tem a ver com saber ouvir e “calçar o sapato do outro e entender como foi sua caminhada”.  

O problema é que ter empatia não é tão fácil assim…

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Afinal, o que é empatia a não ser compreender tanto as escolhas e alegrias quanto os medos, arrogância, agressividade e ignorância dos outros? Ou seja: o que há de bom e de ruim em alguém. No entanto, nem sempre conseguimos deixar de lado as nossas emoções e as nossas crenças para entender a dos outros, não é mesmo? Trata-se de um exercício diário. E um exercício diário que faz muito bem à saúde de quem pratica. 

Benefícios de ter empatia

Sobretudo, a empatia conforta quem está sendo ouvido e vê outra pessoa se colocar em seu lugar. Mas os benefícios de ter empatia vão muito além disso e afetam, também, quem adota a prática. Entre os efeitos positivos de ter empatia, podemos citar:

1 – Ajuda a criar conexões

Com uma postura empática, fica mais fácil criar conexões emocionais com os outros. Isso ajuda a fortalecer os relacionamentos interpessoais, melhorando a convivência entre familiares, amigos e colegas de trabalho.

2 – Auxilia na redução do estresse

Assumir um comportamento mais empático contribui para regular as nossas emoções e diminuir o estresse. Isso porque, com empatia, tendemos a gerenciar melhor nossas reações e a solucionar melhor os conflitos. Conforme os desentendimentos ficam menores, reduzimos também o nosso nível de estresse.

3 – Melhora as relações interpessoais

Com mais conexões e menos conflitos, melhoram também as relações que mantemos com os outros à nossa volta. De acordo com a psicóloga canadense Susan Pinker no livro “O Efeito Aldeia”, alimentar o contato amigável com outras pessoas nos deixa mais saudáveis e felizes. Para ela, a interação protege mais a saúde do que perder peso ou parar de fumar.

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Por outro lado, um revisão de 70 estudos com 3,4 milhões de voluntários ao redor do mundo mostrou que pessoas solitárias tinham entre 26% e 33% maior risco de morrer do que as que tinham relações próximas com amigos e familiares. O levantamento foi publicado em 2015 no jornal da Association for Psychological Science.

É claro que, em tempos de Covid-19, precisamos respeitar as medidas de distanciamento social colocadas pelas autoridades de saúde. Mas isso não significa cortar os laços que nos unem a outras pessoas. Mais do que nunca, nestes tempos de pandemia, é importante lembrar que ninguém precisa lidar sozinho com nada. 

Falamos um pouco mais sobre isso em dois artigos aqui mesmo no Blog da Med:

Como colocar a empatia em prática

Contudo, vale destacar que ser empático não significa anular os próprios sentimentos e opiniões, mas sim entender que eles não são os únicos possíveis diante de uma questão. Algumas atitudes podem te colocar neste caminho:

Não julgar 

Quando escolhemos não fazer julgamentos, somos mais capazes de ouvir, acreditar e nos aprofundar no que estamos ouvindo sem procurar erros ou tropeços de quem está falando. Da mesma forma, quando você se abre para a história, prestando verdadeiramente atenção, pode superar os próprios preconceitos e compreender melhor o outro. 

Ouvir atentamente

Preste atenção no tom de voz e à linguagem corporal. Esteja disposto não só a ouvir, mas a ajudar, colocar a mão na massa. Como a vida atualmente anda muito corrida, se você não puder ouvir naquele momento, diga gentilmente à pessoa a verdade e a procure tão logo seja possível conversar.

Reconhecer as diferenças

Somos diferentes uns dos outros, e não tem nada de errado nisso. Reconhecer nossa diferença nos ajuda a baixar a guarda para enxergar cada pessoa de uma maneira. Mesmo diante de momentos de estresse ou conflitos, isso ajuda a manter a linha e a resolver os problemas de forma mais tranquila. 

Tipos de empatia

Por falar em diferença, já existem estudos que mostram que a empatia não é uma só. Depois de entender o que é empatia, vamos ver que existem 3 tipos dela! De acordo com Paul Ekman, um psicólogo americano que é reconhecido mundialmente pelos seus estudos das emoções humanas, são eles:

  • Empatia cognitiva, que se refere à capacidade de entender o estado mental de outra pessoa. Em outras palavras, estamos nos referindo à capacidade de assimilar os motivos que levaram a determinada conclusão ou tomada de atitude do outro.
  • Empatia emocional, que significa se sentir da mesma forma que o outro. Mais do que se colocar em seu lugar, esse tipo de empatia nos leva à preocupação com o bem-estar de outra pessoa.
  • Empatia compassiva, que é quando nos sentimos afetados pela perspectiva e pelas emoções do outro ao ponto de tomarmos atitudes. Neste caso, ouvir a história de outra pessoa nos leva a nos mobilizamos de forma prática, movidos pela empatia.

É hora de cuidar de si e dos outros

Seja qual for a forma de empatia, o fato é que praticá-la faz muito bem e nunca foi tão atual. Afinal, além de ter tirado milhões de vidas, a pandemia também abalou o emocional de muita gente. O isolamento social, as incertezas quanto ao futuro, o desemprego e o medo da doença passaram a fazer parte da nossa rotina, pedindo cuidado extra com as emoções.

Questões como o isolamento social, a instabilidade financeira, a falta de previsões e o medo da Covid-19 passaram a rondar o nosso dia a dia. Dessa forma, trouxeram para muitos de nós sintomas depressivos, crises de ansiedade, síndrome do pânico e dificuldades para dormir, entre outros problemas.

Se você tem se sentido pressionado, cansado ou triste demais com a situação, não deixe de buscar ajuda. Não apenas com amigos e familiares, mas também com profissionais. Psicólogos, psiquiatras, neurologistas ou clínicos gerais podem orientar você a como ligar com esse momento difícil de forma mais tranquila. 

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