Os efeitos do estresse na sua saúde
Além de colocar o coração em risco, o estresse faz você envelhecer mais rápido, resseca a pele e causa doenças como gastrite, úlcera e refluxo.
Muito trabalho, pouco dinheiro, prazos apertados, problemas de família, medo de perder o emprego ou de pegar Covid-19, cabeça fervendo, irritação no trânsito… Quem nunca? Relatos de situações de estresse são tão comuns que podemos até achar que estar sempre estressado faz parte da vida moderna.
Mas é preciso ter muita calma nessa hora. Viver no limite não é normal. Além de atrapalhar o trabalho e prejudicar o convívio com amigos e familiares, o estresse faz muito mal para o seu organismo, acelera o envelhecimento e detona a qualidade de vida.
Cabelo, pele, estômago, coluna e várias outras partes do corpo sofrem os efeitos do estresse. Isso sem falar, claro, nos estragos que ele faz na sua saúde mental, trazendo problemas como ansiedade, depressão, irritabilidade, desânimo e mau humor.
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Então, que tal parar 10 minutinhos para ler o artigo que preparamos sobre o tema? Ele vai te ajudar a entender como o corpo responde a situações estressantes e como resolver isso.
De vez em quando faz bem
Antes de mais nada, devemos compreender o estresse como um jeito usado pelo nosso corpo para se defender de situações que ele entende como ameaças. Assim, quando o cérebro entende que estamos em perigo, ele desencadeia uma reação química conhecida como luta ou fuga. Você fica mais alerta e responde mais rapidamente ao que vê e ouve.
A frequência cardíaca e a pressão aumentam, a respiração fica mais acelerada e os músculos se contraem. O lado bom da história é que, com isso, o corpo produz adrenalina que dá força, vigor e energia. Dessa forma, estamos prontos para enfrentar as tensões que surgirem ao longo do dia.
Em momentos de estresse, o cérebro também recebe mais sangue com oxigênio, otimizando o trabalho dos neurônios e nos deixando mais produtivos. Portanto, em pequenas doses, o estresse é necessário e até mesmo benéfico para a nossa sobrevivência.
O problema é que nosso corpo não está preparado para lidar com esse tipo de reação a longo prazo. É aí que mora o perigo.
O estresse frequente, também chamado de estresse crônico, aumenta o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, e também de problemas psiquiátricos, como depressão e ansiedade. Ele causa irritação e cansaço, acelera o envelhecimento precoce, agrava o diabetes e atrapalha o sono, o apetite e o desejo sexual.
Efeitos do estresse na aparência
Além disso, os médicos começaram a perceber que períodos de estresse prolongado também afetam diretamente a nossa aparência. De acordo com um estudo realizado em conjunto por pesquisadores da faculdade de Harvard e da Universidade de São Paulo (USP), momentos de tensão prolongada causam a perda precoce da cor dos cabelos.
Os pesquisadores analisaram fios de cabelos de várias partes do corpo de um grupo de 14 voluntários de diferentes idades. Os participantes tiveram que registrar seus níveis semanais de estresse em um diário.
Por outro lado, os cientistas descobriram que o cabelo recupera sua cor quando o estresse desaparece. Um dos voluntários analisados no estudo teve a cor dos fios de volta depois de passar duas semanas em férias.
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Da mesma forma, a pele, principalmente a do rosto, sofre com períodos prolongados de tensão. Eles provocam olheiras, bolsas embaixo dos olhos e rugas. Isso ocorre porque os vasos capilares, vasos finos e frágeis abaixo dos olhos, arrebentam com estresse.
O estresse pode ainda retardar a renovação e acelerar o envelhecimento da pele. Conforme um estudo publicado no periódico científico Inflamm Allergy Drug Targets, a liberação de cortisol, o hormônio do estresse, atrofia a pele e reduz o colágeno e elastina, fatores associados ao aparecimento de rugas.
Para piorar, quando estamos irritados, podemos franzir a testa e dormir mal. Resultado: mais rugas e mais linhas de expressão.
Ganho de peso e alimentação desequilibrada
Pessoas estressadas são mais propensas a comer mal e não se exercitar. Como resultado, pressão alta, açúcar elevado no sangue, excesso de gordura na barriga e colesterol alto não demoram a aparecer.
O cortisol, que citamos ali em cima como um dos responsáveis por reduzir a elasticidade da pele, também é vilão nessa parte aqui da história. Esse hormônio, que tem sua produção aumentada pelo estresse, leva o corpo a acumular gordura ao invés de queimá-la.
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O culpado desta vez é a betatrofina, uma proteína que atrapalha a decomposição da gordura corporal. De acordo com um estudo da Universidade da Flórida, o estresse crônico estimula a produção de betatrofina. Associada a uma alimentação ruim aumenta, a betatrofina aumenta a gordura visceral, que é um fator de risco para a obesidade.
Os altos níveis de cortisol também podem impedir que as unhas cresçam. A falta de cálcio e zinco são as principais responsáveis pelas manchas brancas nas unhas.
Estômago e intestino
A associação do estresse com uma alimentação pobre em nutrientes funciona como uma bomba para o corpo. Quando estamos estressados, todo o nosso organismo ganha um ritmo mais acelerado, incluindo a digestão, as respostas cerebrais e a atuação de hormônios. Uma das partes do corpo que mais sofre com isso é o sistema digestivo.
Segundo um artigo publicado pelo Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Universidade de São Paulo (USP), o estresse agudo inibe o movimento espontâneo gástrico e atrapalha o funcionamento correto do sistema digestivo.
Entre os principais problemas causados pelo estresse no sistema digestivo podemos citar:
- Úlcera
- Gastrite
- Má digestão
- Doenças inflamatórias
- Náusea
- Refluxo gastroesofágico
- Intestino irritável
Para quem está no limite…
E olha que nem entramos em detalhes nos problemas mais conhecidos que podem ser associados ao estresse, como pressão alta, infarto ou derrame cerebral… Mesmo assim já deu para perceber que viver estressado significa viver perigosamente.
Portanto, para além de questões estéticas ou de estilo de vida, não deixe de buscar ajuda se estiver se sentindo estressado, ansioso ou deprimido. Para isso, você pode contar com o Cartão MedSempre.
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