Quando procurar um cardiologista?
Seja por rotina ou quando estiver com sintomas, é sempre importante ir ao cardiologista regularmente
Algumas especialidades médicas fazem parte da nossa vida desde o começo, como pediatra, clínico geral, dentista, ginecologista… Mas, e o cardiologista? Quando devemos ir?
Dados preocupantes mostram que os casos de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca são a principal causa de morte no Brasil e no mundo. No entanto, consultar-se preventivamente com o médico cardiologista – que é o especialista do coração –, não faz parte da rotina da maioria da população.
Em 2024, até o mês de fevereiro, já foram contabilizadas no país mais de 62 mil mortes ligadas a doenças do coração ou aos seus vasos sanguíneos. Em 2023, estima-se quase 300 mil mortes, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Entenda, neste blog, quando é a hora de ir ao médico cardiologista:
1) Consulta de rotina
Em situações de rotina, quando a pessoa não tem nenhum sintoma indicativo de problemas cardíacos, o melhor momento para procurar o cardiologista depende da presença ou não de fatores de risco para as doenças cardiovasculares, que podem estar relacionados a:
- Hábitos de vida: tabagismo, sedentarismo, dieta inadequada, consumo excessivo de álcool;
- Doenças pré-existentes: dislipidemia (colesterol e/ou triglicerídeos elevados), hipertensão, diabetes, obesidade ou sobrepeso;
- Fatores psicossociais: estresse, depressão, ansiedade;
- Histórico familiar: quando pais, irmãos, tios e avós têm doença coronariana, sofreram infarto ou acidente vascular cerebral ou tiveram morte súbita ainda jovens.
Com fatores de risco existentes, a idade recomendada para visitar o cardiologista é aos 30 anos, para os homens, e aos 40 anos para as mulheres.
Na ausência deles, a consulta inicial pode ser aos 45 anos para os homens e aos 50 para as mulheres.
2) Ao iniciar uma atividade física
O exercício físico é fundamental na prevenção de doenças cardiovasculares, no entanto, é recomendado fazer uma avaliação com o cardiologista antes de começar a frequentar a academia ou iniciar um esporte.
É que o início de forma repentina pode oferecer riscos ao coração.
Na consulta, o médico fará a avaliação clínica do paciente e poderá solicitar exames como teste de esforço, eletrocardiograma e ecocardiograma para descartar a presença de sopro cardíaco ou anormalidades no funcionamento do coração.
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3) Por fator de risco ou histórico familiar
Independente da idade, é recomendado consultar-se com o médico cardiologista quando se tem um histórico familiar de doenças cardiovasculares e/ou alguns fatores de risco, mesmo sem apresentar sintomas.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, estima-se que 10% a 35% das crianças e adolescentes brasileiros apresentam altos níveis de colesterol e/ou triglicerídeos, um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares.
A avaliação com o cardiologista é recomendada para crianças e adolescentes quando:
- Os pais ou avós do sexo masculino apresentaram doença arterial isquêmica antes dos 55 anos, e do sexo feminino antes dos 65;
- Os pais têm taxas de colesterol total superiores a 240 mg/dl;
- A criança ou adolescente apresenta fatores de risco como hipertensão, obesidade, diabetes, tabagismo e uso de medicamentos que alteram o perfil lipídico.
4) Quando houver sintomas
Embora haja uma recomendação sobre a idade média em que se deve visitar o cardiologista, essa informação se trata de uma estimativa que pode variar de pessoa para pessoa.
Dessa forma, a consulta é recomendada independentemente da idade quando existem sintomas como:
- Cansaço ou falta de ar durante atividades leves ou mesmo em repouso;
- Falta de ar ao acordar ou necessidade de dormir com a cabeça elevada;
- Inchaço nos pés, tornozelos e pernas;
- Batimentos cardíacos acelerados ou fora de ritmo;
- Palpitações;
- Pele pálida ou azulada;
- Dores do peito (especialmente depois de crises de estresse ou esforço físico);
- Desmaios aparentemente sem explicação;
- Dor de cabeça sem a presença de sinusite, problemas oftalmológicos ou doenças neurológicas.
Todos esses sintomas podem ser manifestações de doenças e problemas no coração, incluindo insuficiência cardíaca, arritmias e até mesmo infarto. Por isso, a consulta não deve ser adiada.
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