TPM: o que é e por que devemos levá-la a sério

Tensão pré-menstrual não é frescura. Veja quando o problema que afeta as mulheres entre 15 e 45 anos deve ser tratado com ajuda médica

Dr. Dayana Feitoza, que atende pela Policlínica SaúdeMed, parceira do Cartão MedSempre em Vitória da Conquista (BA), explica os efeitos da tensão pré-menstrual

Para começo de conversa, precisamos falar uma coisa real: TPM não é frescura. Você pode até duvidar, principalmente se for homem. Mas os médicos garantem que a famosa tensão pré-menstrual afeta mesmo o sistema nervoso central e interfere de verdade no humor das mulheres, mesmo que muita gente pense que não passa de chilique ou mal humor. 

A TPM geralmente ocorre na segunda metade do ciclo menstrual, entre 5 e 10 dias antes da menstruação. Seus sintomas são físicos e emocionais.

Cerca de 40% das mulheres já foram afetadas pela TPM, que pode prejudicar tanto o trabalho quanto os relacionamentos pessoais. De 2% a 3% delas, com idades entre 15 e 45 anos, tiveram quadros graves.

Estilo de vida

Conversamos sobre o assunto com a ginecologista Dayana Feitoza, que atende pela Policlínica SaúdeMed, parceira do Cartão MedSempre em Vitória da Conquista (BA). 

De acordo com a médica, o período da TPM deve ser levado a sério porque impacta de forma muito negativa na qualidade de vida das mulheres. “Se a mulher tem sintomas mais severos nesse período, ela deve procurar um ginecologista da sua confiança e buscar orientação sobre como lidar com estes dias da forma mais adequada”, afirma. 

A Dra. Dayana explica que, a partir de uma conversa, o médico pode recomendar mudanças no estilo de vida que vão trazer benefícios neste período. 

“Podemos orientar, por exemplo, sobre os melhores alimentos para se consumir, que tipo de atividade física ela deve fazer e alguns outros hábitos que vão diminuir esses sintomas e tornar esse período um período mais tranquilo”, avalia.

A médica explica também que, em alguns casos, é possível passar alguma medicação para ajudar a reduzir os sintomas. “Isso tem que ser discutido caso a caso. Num primeiro momento, mudança no estilo de vida. Num segundo momento, se necessário, a medicação também pode ser uma opção”, detalha. 

Sintomas

A ginecologista sugere ainda que as mulheres conversem com seus familiares ou pessoas mais próximas, explicando a situação e seus principais sintomas. 

Os sintomas físicos mais comuns da TPM são:

  • Dor de cabeça
  • Fome em excesso ou falta de apetite
  • Sonolência
  • Acne
  • Aumento de peso
  • Inchaço nas mamas
  • Dores osteomusculares
  • Distensão abdominal

Já entre os sintomas emocionais que mais aparecem podemos citar:

  • Depressão
  • Tristeza e vontade de chorar
  • Irritabilidade
  • Ansiedade
  • Insônia
  • Fome em excesso ou falta de apetite
  • Sonolência
  • Dificuldade de concentração
  • Cansaço 

Super TPM

As formas mais graves de TPM são chamadas de transtorno disfórico pré-menstrual, conhecido pela sigla de TDPM. Classificado como um transtorno depressivo, o TDPM atinge de 3% a 8% das mulheres em idade reprodutiva. Geralmente, ele causa alterações de humor e comportamento expressivas que muitas vezes se tornam incapacitantes.

Em outras palavras, os médicos consideram o TDPM uma questão de saúde mental. Ele é causado por uma alteração genética nos receptores de serotonina, neurotransmissor que regula o humor, o sono, o apetite e a dor. Quando os níveis dessa substância estão baixos no organismo, a pessoa tem reações emocionais acentuadas e desproporcionais.

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Por isso, muitas mulheres com TPM ou TDPM veem suas atividades cotidianas prejudicadas nos dias que antecedem a menstruação. As recomendações são: leve a série o problema e procure um ginecologista que possa te acompanhar ao longo do mês para amenizar os efeitos desta fase do ciclo menstrual.

TPM não é frescura

A maioria das mulheres que têm sintomas intensos de tensão pré-menstrual não procuram ajuda médica. Em primeiro lugar, muitas acreditam que os sintomas são normais ou que o médico não vai dar importância para a queixa. As brincadeiras em torno do tema e o fato de maridos, namorados, irmãos ou outros parentes acharem que TPM é frescura também não ajuda.

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 Ainda existe muito preconceito em torno da TPM. No entanto, a avaliação médica pode ajudar também a descartar a presença de doenças com sintomas parecidos. Entre elas estão a endometriose, a doença inflamatória pélvica e o estreitamento do canal cervical. 

Entre os principais tratamentos dos sintomas mais graves da TPM, podemos citar:

  • Antidepressivos. Em casos graves, principalmente da síndrome disfórica pré-menstrual, é necessária uma medicação mais específica. Atualmente, os medicamentos com melhores resultados são os antidepressivos. Eles têm melhorado muito a qualidade de vida das mulheres com TPM.
  • Vitaminas, minerais e ácidos. Tratamentos com a vitamina B6 (piridoxina), a vitamina E, o cálcio e o magnésio podem melhorar os sintomas da TPM. Da mesma forma acontece com o ácido gama linoleico, que é um ácido graxo essencial presente no óleo de prímula.

O uso de anticoncepcional também pode ajudar a diminuir os sintomas, pois previne mudanças hormonais relativas à ovulação. Contudo não se esqueça que qualquer tratamento só deve ser iniciado com a orientação e o acompanhamento de um especialista. 

Como aliviar os sintomas

Além do acompanhamento com um ginecologista, a prática de atividade física regular e a alimentação equilibrada são excelentes aliadas na qualidade de vida da mulher que sofre com a tensão pré-menstrual. 

Já falamos isso aqui no blog, mas não custa repetir. Alimentação e atividade física são unha e cutícula na missão de nos dar mais saúde no dia a dia. De maneira idêntica, quando estamos falando de ficar longe da TPM, a dupla é igualmente poderosa. 

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Como se sabe, o exercício tem impacto bastante positivo em problemas como depressão, ansiedade, insônia, mau humor, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e estresse, entre outros. Afinal, a atividade física trabalha as partes do cérebro que regulam a dor, o estresse e a ansiedade. 

Ao praticá-la, aliviamos sentimentos negativos, relaxamos o corpo e melhoramos o humor. Além disso, a atividade física libera hormônios que dão a sensação de bem-estar, melhora o trânsito intestinal e diminui o cansaço. 

Boas escolhas

Por outro lado, a alimentação ajuda a regular os neurotransmissores no cérebro e estabilizar sensações ligadas ao humor. Entre as escolhas que ajudam nesse processo estão oleaginosos como feijão, ervilhas, amendoim e lentilhas. 

A banana é outra boa escolha. A fruta tem muita vitamina B6, que estimula a produção da serotonina, ligada à alegria e ao bem-estar. O magnésio, também presente na banana, ajuda a estabilizar a membrana cerebral e auxilia na produção de insulina pelo pâncreas.

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O cálcio é igualmente importante, pois contribui para amenizar os efeitos da contração muscular. Duas boas fontes de cálcio são as verduras como couve e brócolis, leite e seus derivados. O ômega 3 encontrado em peixes de águas profundas, como sardinha, atum e bacalhau, também traz um efeito positivo para as mulheres com TPM. 

O consumo de doces, ao contrário, não é recomendado. Nozes e castanhas são substitutos adequados. Bebidas com cafeína, como café e energético, comida muito salgada e álcool devem ser consumidos com cuidado, pois podem potencializar alguns efeitos da TPM.

Não espere a próxima TPM para buscar ajuda

Como falamos ali em cima, muita gente acaba desprezando os sintomas da TPM por ouvir que é frescura ou surto. Não caia nessa. A busca pela qualidade de vida é o melhor investimento que uma mulher pode fazer para evitar dias difíceis antes da menstruação.

E a MedSempre pode ajudar nessa missão. Nossos parceiros oferecem descontos de até 70% em exames e consultas presenciais ou por teleconsulta com ginecologistas, clínicos gerais, psicólogos, psiquiatras e diversas outras especialidades. 

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