Um guia para o verão do coronavírus

De um lado, o “fique em casa” exigido pela pandemia da Covid-19. Do outro, o sol, o calor e a vontade de sair. Afinal, como será o verão do coronavírus?

De um lado, o “fique em casa” imposto pela pandemia da Covid-19 nos últimos meses. Do outro, o sol, o calor e a vontade de sair que geralmente chegam quando a estação mais quente do ano chega. E agora? O que fazer com a recomendação mais ouvida pela maioria de nós ao longo de 2020? Afinal, como será o verão do coronavírus e do distanciamento social? 

O verão da máscara

Para começo de conversa, o verão 2020/2021 será o verão da máscara. O acessório mais usado do ano segue extremamente necessário. Afinal, enquanto a vacina não vem, a máscara ainda é uma das formas mais eficientes para evitarmos a propagação do vírus que já deixou mais de 1 milhão e 300 mil mortos ao redor do mundo. 

No verão do coronavírus, para amenizar o calor no rosto, aposte em tecidos mais leves. De acordo com um estudo desenvolvido por cientistas da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, as melhores combinações para máscara são aquelas com uma camada de algodão e duas camadas de chiffon ou seda natural, por exemplo. Nestes casos, o desempenho da proteção é similar ao material da máscara N95, utilizada geralmente por profissionais de saúde. 

A pesquisa indica, no entanto, que uma máscara com camadas de dois tipos de tecido já funciona como barreira para o vírus.

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Na orientação divulgada pelo Ministério da Saúde a respeito do assunto, a recomendação é apostar em tecidos como fronhas antimicrobianas, algodão (como camisetas 100% algodão), cotton (composto de poliéster 55% e algodão 45%) ou no material similar ao de um saco de aspirador de pó. Tecidos mais pesados, como jeans e flanela, não funcionam tão bem, porque, embora protejam, dificultam a respiração.

O mais importante é que a máscara tenha pelo menos duas camadas e seja de uso individual. E não se esqueça: para a sua segurança e a dos outros, independentemente do calorão, lugar de máscara não é apoiada no queixo nem pendurada na orelha, mas sim cobrindo o nariz e a boca inteiros, bem ajustada ao rosto.

E ar-condicionado pode?

Em primeiro lugar, o ar-condicionado em si não é o vilão. O problema, dizem os médicos, está em grupos dividirem um pequeno espaço fechado, onde há pouca ou nenhuma circulação de ar. Assim, enquanto a pandemia do coronavírus durar, deixar portas e janelas fechadas enquanto o ar está ligado representa um grande risco para a saúde. 

Neste caso, as melhores opções neste verão do coronavírus são equipamentos que funcionem em ambientes com ampla circulação de ar, como ventiladores e climatizadores. Aparelhos com frestas abertas ou ainda ar-condicionado associado a ventiladores e janelas abertas também são permitidos. 

A importância da ventilação vale também para carros e ônibus. Mesmo que alguns veículos tenham no seu sistema de climatização a opção de renovação do ar, com troca entre o interno e externo, a regra é clara: enquanto durar a pandemia, coletivos e veículos de passeio devem trafegar com as janelas abertas.

Praia no verão do coronavírus

Apesar da vontade de curtir a estação do sol, no verão do coronavírus, o distanciamento físico também deve ser respeitado nas areias da praia e nos calçadões. 

O mar, ao contrário, não apresenta grandes riscos de contaminação, mas a aglomeração ao redor dele sim. Segundo pesquisadores do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), na Espanha, a transmissão do coronavírus pela água salgada é pouco provável. O problema da praia é a quantidade de banhistas juntos.

Já rios, lagos e outros lugares de água doce parada apresentam mais riscos, porque é possível que o vírus se propague ali com mais facilidade. “Estudos centrados em outros coronavírus com características similares ao SARS-CoV-2 demonstraram que os vírus continuam sendo temporariamente infecciosos em ambientes naturais de água doce”, detalha o documento do CSIC.

Quero viajar. O que faço?

Ambientes externos e abertos têm menos probabilidade de espalhar o vírus do que locais fechados. Mesmo assim, o risco existe e, quanto maior a interação com pessoas que não são da sua família, maior a chance de contaminação

No caso das viagens de férias, prefira usar carros particulares apenas com pessoas da sua família, que não tenham sintomas e nem a confirmação da doença. 

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Se tiver qualquer sintoma de Covid-19, como dor de cabeça, febre, coriza, tosse e dor de garganta ou se estiver aguardando resultado de exame ou resultado positivo para a doença, fique em casa.

As orientações constam da cartilha lançada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, um dos órgãos mais respeitados do mundo no assunto prevenção a doenças. 

Veja o que documento também diz:

  • O risco de contaminação é mais baixo quando visitantes da praia ficam a pelo menos 2 metros de distância dentro e fora da água de pessoas com quem não vivem
  • Não compartilhe alimentos, bebidas, equipamentos (como guarda-sol, cadeiras de praia), brinquedos com pessoas com quem não convivem
  • Leve para a praia álcool em gel, sabonete e água doce para lavagem das mãos sempre que possível ou após encostar em superfícies tocadas com frequência por pessoas que não são do seu convívio, como cadeiras de praia. 
  • Lembre-se que desinfetantes para as mãos podem não ser tão eficazes se as mãos estiverem visivelmente sujas ou oleosa.
  • Conheça e respeite as políticas estaduais e municipais para controle da Covid-19 sobre prática esportiva na praia, distanciamento físico, competições e festas. 

Por fim, lembre-se que, ao se proteger, você reduz as chances de propagação do novo coronavírus e protege também outras pessoas.