Vacinação contra a gripe: quem precisa e por que participar?

A campanha de vacinação contra a gripe acontece todos os anos nos períodos prévios às temporadas de surto da doença. Apesar de ser uma contaminação simples, ainda hoje a gripe é responsável por milhares de mortes no mundo inteiro.

A contaminação pelos diversos tipos do vírus influenza pode causar reações muito similares nos pacientes e, de uma forma geral, todas as pessoas que não tomaram a vacina correm o risco de se infectar. Mas existem grupos de pessoas que são mais suscetíveis ao contágio ou mais sensíveis aos seus sintomas.

Vale lembrar também que a vacina contra a gripe NÃO te imuniza contra o coronavírus. Caso você apresente sintomas parecidos com os da gripe mesmo após ter tomado a vacina, procure imediatamente atendimento médico. Outra precaução importante nessa época é evitar a aglomeração de pessoas nos pontos de vacinação. Mantenha ao menos 1,5m de distância de pessoas desconhecidas, e caso o ponto esteja super lotado, volte outro dia.

Numa entrevista com a clínica geral Jeovania Guimarães Gonçalves (CRM 8449), que atende pela Clínica Bem Estar de Vila Velha, uma das clínicas credenciadas ao Cartão MedSempre, nós buscamos entender melhor algumas características importantes sobre a gripe, como: o que a diferencia de um resfriado, quais as suas causas e qual é a importância da vacinação. A entrevista você acompanha abaixo:

• Quais são as diferenças entre a gripe e o resfriado?

“Os sintomas são parecidos, mas as queixas do resfriado são mais brandas e com tempo de duração menor (cerca de 2 a 4 dias). A gripe dura mais tempo, geralmente desencadeia um quadro de febre, e pode evoluir gerando outras complicações, podendo até chegar a óbito do paciente.”

• Quais são as causas e como é transmitida a gripe?

“Causada pelo vírus Influenzae, a gripe é transmitida por gotículas aéreas, através de, espirros ou tosse. Ambientes fechados e com aglomerações são perfeitos para proliferar a doença”, afirma a doutora

• Quais são os sintomas apresentados pela contaminação do vírus?

“Dor de garganta, febre, dor de cabeça, dores musculares (especialmente nas costas e pernas), tosse seca, coriza, perda de apetite e cansaço são os sintomas mais comuns”.

• E qual é o tratamento para a gripe?

“Na maioria dos casos o tratamento é de suporte, com analgésicos, antitérmicos, repouso e hidratação. Para pacientes com síndrome gripal, síndrome aguda grave e determinados grupos de pacientes mais sensíveis, independente da situação vacinal, o tratamento é feito com o antigripal, devendo iniciar nas primeiras 48 horas após o surgimento dos sintomas.”

• Por que é importante vacinar contra gripe?

“A vacina é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença”.

Grupos de risco

Ainda em conversa com a Dra. Jeovania, ela nos explica melhor sobre as pessoas que apresentam maior risco de contágio da gripe ou que correm o risco de complicações mais séria caso sejam contaminadas. Essas pessoas pertencem aos chamados grupos de risco e possuem uma urgência muito maior na vacinação:

• Idosos 

Pessoas acima de 65 anos possuem o sistema imunológico fragilizado e, por isso, precisam se atentar às datas da campanha de vacinação. O contágio em idosos é um dos mais comuns e, em 2019, 45,7% dos óbitos ocasionados pela gripe em Santa Catarina, por exemplo, foram de idosos.

• Gestantes 

Gestantes são um dos grupos de maior risco dentro dos quadros de infecção gripal. No caso delas, o mais comum é a progressão da gripe para doenças mais sérias, como a pneumonia e outras infecções respiratórias. A vacina contra a gripe também pode reduzir em até 50% os riscos de morte fetal em caso de contágio.

• Crianças com menos de 5 anos 

No caso das crianças, seus sistemas imunológico e respiratório ainda são muito frágeis, aumentando as possibilidades de contágio pelo vírus da gripe. As crianças têm mais chance também de ter seu sistema respiratório comprometido durante uma infecção muito grave, criando outros problemas respiratórios ao longo da vida.

• Pessoas com doenças crônicas

As doenças crônicas como o diabetes, câncer, hipertensão e obesidade devem tomar a vacina por apresentarem características delicadas referentes à saúde e ao sistema imunológico. Especialmente as doenças crônicas ligadas à respiração como a asma, a bronquite e a rinite.

• Imunodeprimidos

Imunodeprimidos são pessoas cujo sistema imunológico não apresenta resposta normal, tornando qualquer tipo de infecção e contágio um grave risco à sua saúde e até mesmo à vida. Esse é o caso de portadores de câncer, pacientes soropositivos, usuários de imunossupressores para o tratamento de diversos tipos de reumatismo e portadores de doenças crônicas que afetam os pulmões, fígado e rins.

• Indígenas

Os povos indígenas estão categorizados como pertencentes ao grupo de risco, em geral, por fazerem parte de grupos sociais mais isolados, com dificuldade de acesso à tratamentos da saúde.

• Profissionais da área da saúde

Os profissionais da área da saúde são um grupo importantíssimo para a campanha de vacinação contra a gripe. Isso acontece pelo fato de eles estarem em contato constante com pacientes que apresentam diversos tipos de complicações na saúde, inclusive fragilidades imunológicas.

• Professores

Como é no caso dos profissionais da saúde, os professores estão em contato constante com crianças de diversas faixas etárias ou em locais fechados, mantendo contato com diversas pessoas com diversos quadros de saúde. Por isso essa classe trabalhadora é considerada dentro do grupo de risco.

Fique atento, principalmente se você pertencer ao grupo de risco. No site oficial sobre saúde do governo você pode se manter atualizado sobre as datas da campanha de vacinação contra a gripe, conferir os períodos de maior risco de contágio e saber tudo o que precisa sobre o andamento da situação da gripe no país.

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