Confira as nossas dicas para evitar o diabetes
Cuidados passam pela alimentação, exercício físico e acompanhamento periódico. Diabéticos devem redobrar a atenção com Covid-19.
Há alguns meses, mostramos aqui no blog que as doenças crônicas são responsáveis por 74% das mortes no Brasil todos os anos. Colesterol alto, hipertensão, Alzheimer, asma, AIDS e diabetes estão entre elas, e é especificamente sobre os cuidados com o diabetes que queremos falar hoje.
O diabetes se caracteriza pela deficiência metabólica na produção e absorção de insulina pelo organismo. A insulina é o hormônio regulador da glicose e é responsável por “quebrar” o açúcar no sangue e transformá-lo em energia.
Assim, a deficiência de produção deste hormônio aumenta os níveis de açúcar na corrente sanguínea. Em outras palavras, quem tem a doença apresenta altos índices de açúcar no sangue e pode ter muitas complicações de saúde, como amputação de pés e pernas, danos à capacidade de filtragem dos rins, cegueira e outros problemas de visão e até a morte.
Dia mundial para conscientizar
Desde 1991, diante dos perigos da doença e do crescente número de casos, o dia 14 de novembro é considerado o Dia Mundial do Diabetes. A data foi escolhida por marcar o aniversário do médico canadense Frederick Banting que, em parceria com seu assistente Charles Best, concebeu a ideia que levou à descoberta da insulina em 1921.
A data foi criada pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) como forma de estimular a conscientização. Entre seus objetivos estão ampliar a prevenção e tentar reduzir os novos casos, bem como:
- Incentivar os governos a implementar e fortalecer políticas para a prevenção e controle do diabetes e suas complicações.
- Disseminar ferramentas para apoiar as iniciativas nacionais e locais para a prevenção e controle do diabetes e suas complicações.
- Destacar a importância da educação baseada em evidências na prevenção e controle do diabetes e suas complicações.
- Aumentar a conscientização dos sinais de alerta do diabetes e promover ações para incentivar o diagnóstico precoce.
- Promover ações para reduzir os principais fatores de risco para o diabetes.
Tipos de diabetes
O diabetes afeta hoje cerca de 250 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SDB), são mais de 13 milhões. No entanto, um simples exame de glicemia avalia os níveis de açúcar no sangue e é um poderoso aliado contra a doença.
São dois os principais tipos:
No diabetes tipo 1, o sistema imunológico do corpo ataca e destrói as células que produzem insulina. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada. Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. O tipo 1 concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença. Ele aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. O tratamento é feito com insulina, alimentação adequada e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.
No diabetes tipo 2, o corpo não produz insulina suficiente ou as células do corpo não reagem à insulina. O tipo 2 é muito mais comum do que o tipo 1. Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Dependendo da gravidade, pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.
Gravidez e questões genéticas
Outra forma da doença é o diabetes gestacional. Durante a gravidez, para permitir o desenvolvimento do bebê, a mulher passa por mudanças em seu equilíbrio hormonal. O nível de açúcar no sangue também pode subir devido a essas mudanças.
Além disso, como a placenta tem muitos hormônios que reduzem a ação da insulina, o pâncreas pode entender que precisa compensar o quadro, gerando um aumento do nível de glicose no sangue.
Os sintomas nem sempre são claros. Por isso, a recomendação dos médicos é que todas as futuras mamães pesquisem, a partir da 24ª semana, como está a glicose em jejum e, mais importante ainda, a glicemia após estímulo da ingestão de glicose, o chamado teste oral de tolerância à glicose.
Fique atento também aos fatores de risco:
- Idade materna mais avançada
- Ganho de peso excessivo durante a gestação
- Sobrepeso ou obesidade
- Síndrome dos ovários policísticos
- História prévia de bebês com mais de 4 kg ou de diabetes gestacional
- Pais e irmãos diabéticos
- História de diabetes gestacional na mãe da gestante
- Hipertensão arterial na gestação
- Gravidez de gêmeos
Na maioria das vezes, o controle da doença na gestação é feito com a orientação nutricional. A prática de atividade física também é recomendada, mas deve ser feita apenas depois da avaliação médica.
No caso do diabetes gestacional, também é preciso prestar atenção no risco de desenvolvimento de Diabetes tipo 2. Assim, aproximadamente seis semanas após o parto, a mãe deve realizar um novo teste oral de tolerância à glicose, sem estar em uso de medicamentos antidiabéticos. Uma ótima notícia é que o aleitamento materno pode reduzir o risco de desenvolvimento de diabetes após o parto. A alimentação balanceada e a prática de atividades físicas completam a receita pós-parto das pacientes de diabetes gestacional.
Pré-diabetes e principais sintomas
Pessoas que têm níveis de açúcar no sangue acima da faixa normal, mas não alto o suficiente para ser diagnosticado como tendo diabetes. O quadro é conhecido como pré-diabetes. Se o seu nível de açúcar no sangue estiver acima da faixa normal, o risco de desenvolver diabetes completo é maior. Portanto, neste caso, é muito importante que o problema seja diagnosticado o mais cedo possível.
Por isso, fique atento aos sintomas:
Diabetes tipo 1
- Vontade de urinar diversas vezes
- Fome frequente
- Sede constante
- Perda de peso
- Fraqueza
- Fadiga
- Nervosismo
- Mudanças de humor
- Náusea
- Vômito
Diabetes tipo 2
- Infecções frequentes
- Visão embaçada
- Dificuldade na cicatrização de feridas
- Formigamento nos pés
- Furúnculos
Alimentação e exercício físico
A conhecida dobradinha que salva muitas vidas também ajuda no controle do diabetes. É claro que estamos falando da dupla alimentação saudável + prática de atividades físicas.
A alimentação deve ser baseada em frutas, verduras, legumes e carnes e também em produtos minimamente processados, como arroz e feijão. O consumo de alimentos processados e enlatados deve ser evitado, bem como os produtos ultraprocessados, como sorvetes, barra de cereal e macarrão instantâneo.
O acompanhamento e a orientação especializada também são essenciais para que o paciente se sinta seguro e para o tratamento desse tipo de doença crônica, principalmente para se sentir apoiado e acolhido para lidar com as diferenças impostas na rotina pelo diabetes.
Diabetes e Covid-19
Vale também ficar atento ao momento atual. Desde a chegada da pandemia do coronavírus, os diabéticos precisaram redobrar as atenções. Afinal, eles compõem o chamado grupo de risco da Covid-19, principalmente aqueles com longa história da doença, mau controle metabólico, doenças concomitantes e mais de 60 anos.
Assim como pacientes cardiopatas, com doenças cardiorrespiratórias pré-existentes e idosos, pessoas com diabetes estão no grupo de maior risco para evoluir com as formas graves da Covid-19.
Portanto, é fundamental estar ligado nas formas de transmissão do coronavírus, que costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, e contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Falamos mais sobre o coronavírus aqui. Leia, divida com seus familiares e amigos mais próximos, compartilhe nas suas redes sociais. Informação correta nunca é demais. Ela nos ajuda a superar a pandemia e a voltar à rotina com saúde e alegria.
E lembre-se: o Cartão MedSempre conta com endocrinologistas e clínicas credenciadas que para diagnóstico e acompanhamento dos pacientes com diabetes, para uma vida plena. Entre em contato com a gente para mais informações.