O que é medicina integrativa e como ela pode ajudar você

Medicina integrativa leva em conta aspectos emocionais e sociais da vida do paciente, tratando não apenas a doença, mas o indivíduo como um todo

Hoje queremos falar sobre uma prática que tem conquistado muitos adeptos nos últimos tempos. Uma vertente da medicina que leva em conta aspectos emocionais, mentais e sociais da vida do paciente, tratando não apenas a doença, mas o indivíduo como um todo, de forma integrada. Aproveitando a chegada do Dia Mundial da Medicina Integrativa, em 23 de janeiro, nosso artigo vai mostrar o que é medicina integrativa e como ela pode ajudar você a viver melhor.

O conceito de medicina integrativa foi criado nos Estados Unidos na década de 70. Ele nasceu da noção de que mente, espírito e corpo devem ser vistos em conjunto por um profissional de saúde no momento do diagnóstico e na escolha do tratamento. 

Ao contrário das correntes mais antigas da medicina, que enxergam a doença apenas por fatores biológicos, a medicina integrativa olha além dos sintomas. Ela considera situações estressantes, alimentação, episódios traumáticos e outros aspectos que possam ter influência no estado do paciente.

Para ajudar a compreender melhor quem está doente, a rotina, o ambiente familiar, o tipo de trabalho e até a situação econômica são colocadas na balança. Desta forma, a medicina integrativa busca complementar as demais práticas já utilizadas para obter um maior poder de cura. 

O paciente como agente da cura

Na medicina integrativa, a relação médico-paciente também se mostra de extrema importância. Afinal, todo o processo se baseia na aliança de aspectos médicos com questões particulares do paciente. De acordo com a visão da medicina integrativa, elas podem interferir na evolução do caso, na forma de tratamento e na cura.

Além disso, na medicina integrativa, sempre que possível, métodos convencionais podem ser combinados com práticas alternativas complementares como acupuntura, homeopatia, massagens, meditação e psicoterapia, entre outros. 

Assim, ao entender o que é medicina integrativa, passamos a saber também que enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais atuam em parceria com o médico na tarefa de potencializar a capacidade natural de cura do paciente, seu equilíbrio e bem-estar.

Uma das práticas mais usadas é a acupuntura, criada na China há mais de três mil anos. Ao colocar agulhas que estimulam terminações nervosas na pele e tecidos subjacentes, o acupunturista estimula o sistema nervoso central. Desta forma, ele libera substâncias químicas com efeito analgésico, antiinflamatório e relaxante.

O uso de plantas medicinais e fitoterapia, terapias mente-corpo como meditação, tai chi chuan e ioga, probióticos e suplementos nutricionais, além de medicamentos dinamizados, homeopáticos e antroposóficos, também são práticas da medicina integrativa, que atuam como complementos no tratamento de diversas doenças.

Vale destacar ainda que, desde o início da pandemia de Covid-19, a medicina integrativa passou também a ser bastante considerada no tratamento de questões ligadas à imunidade e efeito antiviral contra vírus respiratórios; no tratamento complementar de sintomas de infecções respiratórias; no tratamento de problemas de saúde mental em consequência do isolamento social, estresse laboral e situações de trauma. 

Medicina integrativa e o equilíbrio físico, mental e social

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como um estado de completo equilíbrio físico, mental e social e não meramente a ausência de doenças. Neste sentido, a medicina integrativa tem grandes chances de ajudar os pacientes no caminho de restabelecer sua saúde integral.

Muitos pacientes em tratamento de câncer, por exemplo, passaram a amenizar os efeitos das sessões de quimioterapia e radioterapia com acupuntura, massagens, reflexologia, alongamento ou técnicas de respiração vindas da medicina integrativa. 

O Hospital Albert Einstein, um dos mais renomados do país, foi o primeiro no Brasil a incorporar essa abordagem no cuidado aos pacientes do Centro de Oncologia e Hematologia. A instituição oferece há mais de dez anos atendimento com terapias integrativas. O foco é o bem-estar durante o tratamento de internação ou ambulatorial, inclusive para os familiares e acompanhantes.

Áreas como a neonatologia também apostam em ideias como o método Canguru, uma técnica de atenção do recém-nascido prematuro ou abaixo do peso,  baseada no contato pele a pele entre a mãe e o bebê. 

Até 38% dos adultos e 12% das crianças já utilizaram a medicina integrativa em algum momento. Segundo a National Health Interview, Pesquisa Nacional de Entrevistas em Saúde realizada pelo serviço público de saúde norte-americano, as terapias de medicina integrativa mais utilizadas incluem:

  • Exercícios de respiração profunda (11%)
  • Ioga, tai chi e qi gong (10%)
  • Terapia de manipulação (8%)
  • Meditação (8%)

Ajuda contra doenças crônicas

Pacientes com doenças crônicas como diabetes, hipertensão e Alzheimer também podem encontrar na medicina integrativa uma ótima aliada. Afinal, elas têm um longo tratamento e muitas vezes não têm cura, apenas controle que ajuda a viver bem apesar da enfermidade.

Recentemente mostramos que, no Brasil, as doenças crônicas são responsáveis por 74% dos óbitos todos os anos. Mais de 53 milhões de brasileiros convivem com pelo menos uma doença crónica Veja aqui o nosso artigo sobre o assunto. 

Na ótica da medicina integrativa, as doenças crônicas esgotam a reserva do organismo. Uma das explicações dos médicos é que isso ocorre porque, ao invés de destinar nutrientes para combater novas doenças ou fortalecer a imunidade, o corpo usa suas reservas contra o efeito da doença crônica. 

Então, vale lembrar que a imunidade melhora quando temos um sono reparador, manejo do estresse, alimentação saudável e prática diária de exercícios físicos. 

Baixe a cartilha Nutrientes e veja como aproveitar os benefícios de cada alimento.

Outra orientação médica para pacientes com doenças crônicas é que valorizem consultas periódicas e exames preventivos

Aliás, a dica de ouro vale não apenas para quem tem doença crônica, mas para todos nós. Um check-up anual determina a situação geral da saúde de uma pessoa. Ele também ajuda a identificar doenças silenciosas, como doenças do coração, diabetes e alguns tipos de câncer. Existem exames de rotina capazes de identificar doenças muito antes do surgimento de seus sintomas.

Falamos um pouco mais sobre eles aqui.

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